Meu amigo, tenho certeza que você lembra dos dias de glória onde usar caneta esferográfica era motivo de orgulho, afinal você agora tinha responsabilidade o suficiente para escrever no seu caderno com algo permanente. Porém, ao longo dos anos esse item acaba se tornando comum o suficiente para nunca pensarmos em como ele é fabricado ou com quais materiais. Por isso hoje o TriCurioso decidiu reservar um tempinho para explicar essa magia a vocês.
Então, o material mais importante de uma caneta é a tinta. Ela é, em geral, feita a base de óleo ou algum solvente como álcool para ser rapidamente absorvida pelo papel ou evaporar. Nela também estão inclusos corantes, resinas e alguns outros aditivos para mante-la viscosa, para não escorrer no tupo, porém não muito grossa, do contrário entupiria o cano. Então são injetados entre 0,5 e 1,5 ml de tinta nesse cano que é colocado em uma centrífuga para que não armazene ar. O vácuo ajuda a tinta a fluir da carga até a ponteira.
E aqui vai a resposta para aquela sua antiga pergunta: e o buraquinho? Para que serve? Ele é o responsável por igualar a pressão atmosférica dentro e fora do cano. Logo, o ar entra e preenche o espaço deixado por toda a tinta consumida para que no vácuo não o puxe para cima da carga. Por último existe a esfera, responsável pelo complexo nome caneta esferográfica. Ela é uma pequena bolinha feita de latão, aço ou carboneto de tungstênio que utiliza a mesma lógica dos desodorantes roll-on. Sem ela, nossas palavras não seriam escritas com a mesma quantia de tinta a cada parte, isso fora o importante papel de tampa que ela desenvolve, assim evitando que a tinta entre em contato com o ar e seque.
Show, não acha? Comente!