Nossa genética está sempre surpreendendo aos cientistas – e a nós mesmos também! Acontece que um estudo da Universidade de Frankfurt acaba de revelar que os seres humanos possuem maior sensibilidade para ver detalhes durante o nascer e pôr do sol.
A intenção da pesquisa era descobrir o que acontece em nosso cérebro em momentos de repouso. Isto porque mesmo quando não estamos focados, o cérebro continua recebendo os sinais enviados pelos olhos – a não ser que estejamos de olhos fechados. Logo, os cientistas fizeram testes com voluntários para chegar a seus resultados.
Os pacientes passavam por ressonâncias magneticas em momento de repouso e também de concentração para captar a atividade cerebral do córtex visual. Após os resultados, foi possível constatar que nos momentos de repouso o cérebro produzia um tipo de ‘ruído de fundo’. Ou seja, quanto maior o ruído de fundo cerebral, mais difícil se tornava prestar atenção em qualquer estimulo visual. Para chegar a informações mais conclusivas, os testes foram feitos em 6 horários diferentes.
Além dessa descoberta, também foi possível perceber que o cérebro reduzia automaticamente a produção de ruído em momentos crepusculares: nascer e pôr do sol. Nesses horários a visão dos voluntários ficava muito mais sensível, assim sendo capaz de detectar até os mais sutis pontos luminosos no meio da imagem.
Com essa diminuição automática do ruído, ficava muito mais fácil detectar sinais fracos até mesmo em repouso. O interessante é que nosso ritmo circadiano (o chamado relógio biológico) aprendeu sozinho ao longo dos séculos a fazer isso sempre nos mesmos horários.
A conclusão dos cientistas foi que através da evolução nosso cérebrou compreendeu a grande necessidade de estar alerta nesses horários. Isso porque os momentos de maior tensão para um ser humano em estado selvagem de sobrevivência eram os com luz crepouscular. Isso porque na escuridão, tanto o predador quanto a presa não enxergariam bem. Porém, na luz fraca do início e final do dia fazia com que os animais levassem vantagem.
O interessante é que as ressonâncias também revelavam que, além do córtex visual, as áreas responsáveis pelo tato e audição também tinham padrões parecidos neste horário, dando início a uma nova e ainda mais interessante pesquisa.
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