No dia 17 de abril a Comissão do Meio Ambiente (CMA) do Senado liderada pelo senador Cidinho Santos (PR-MT) aprovou que embalagens de alimentos não precisem mais marcar que possuem ingredientes transgênicos. Nos últimos anos uma batalha tem se travado entre consumidores, grupos de proteção ambiental, representantes da agricultura e indústria alimentícia que possuem opiniões opostas sobre o assunto.
Pra quem não sabe, o T preto em um triângulo amarelo significa transgênico, ou seja, que naquele alimento existem ingredientes feitos a partir de mutações genéticas. Ele existe desde 2003 e serve para alertar o consumidor, assim estimulando o consumo consciente. Porém, a CMA alega que nos últimos 15 anos não houveram pesquisas científicas no mundo que realmente comprovassem que o consumo de alimentos transgênicos façam mal a nossa saúde.
Já cientistas e pesquisadores respondem alegando que não houve tempo suficiente para que se possa analisar realmente quais seriam as consequências deste consumo de transgênicos. Enquanto isso, os defensores do direito do consumidor defendem que cabe a quem está comprando decidir se deseja ou não ingerir produtos transgênicos, logo deveria ser obrigação das marcas manter esta informação. Segundo eles, retirar a obrigatoriedade desta simbologia fere diretamente o direito à informação.
O relatório da CMA diz que permanece a obrigação do texto legível o rótulo que deve dizer “X Produto Transgênico” ou ainda “contém X ingrediente transgênico”. Porém, o triângulo amarelo seria muito mais fácil e rápido de identificar, o que possivelmente cause confusão na hora do consumidor comprar efetivamente tal alimento. Enfim, agora resta esperar para descobrir as consequências desta decisão.