Certamente, você deve conhecer Pokémon. A franquia de capturar monstrinhos já tem mais de 20 anos, vindo desde então conquistando mais e mais fãs, mas não é sobre ela que iremos falar hoje.
Mas sim de um bizarro fenômeno que ocorreu no Japão, a famosa “Síndrome de Lavender Town”. Se você já jogou um/alguns dos primeiros games da franquia, Pokémon Red, Green, Blue e Yellow, para o Game Boy, Game Boy Color ou até mesmo os remakes para Game Boy Advance, deve ter dado as caras hora ou outra com a cidade fantasma do game, Lavender Town, que também está presente no anime original, o Pokémon Indigo League.
Ok, a região tem um clima fantasmagórica, mas qual o motivo de toda a fama e suspensa em cima dessa região do jogo? Um pico de suicídios de crianças entre 7 à 12 anos após o lançamento de Pokémon Red e Green no Japão, em 27 de fevereiro de 1996.
A maioria dos suicídios foram causados por enforcamentos ou até mesmo por crianças pulando de prédios, mas o estranho é que rolavam fortes rumores nas regiões onde ocorreram o suicídio que a maioria das crianças pararam na região de Lavender Town no jogo, ou um pouco depois dela, onde há um tema musical com frequências sonoras tão altas que causavam efeitos depressivos à adolescentes e crianças que ouvissem, onde a frequência sonora só seria prejudicada em adolescentes, já que sua audição está em desenvolvimento.
Em 2010, alguns audiófilos decidiram analisar a versão original. Nas camadas de áudio em um software específico, uma imagem do Pokémon Unown estava presente, com eles dizendo “deixar AGORA”, com outros dizendo que há uma versão beta da região.
Mas agora, confira um relato alternativo de um anônimo na internet.
Eu conheci o meu melhor amigo no ensino fundamental. Eu e ele levávamos nossos Nintendo Game Boys para a escola um dia, sentávamos juntos na hora do almoço, daí foi quando eu e ele percebemos que tínhamos uma coisa em comum. Eu tinha a versão Blue e um Venosaur, ele tinha a versão Red e um Charizard. Sempre que eu e ele tínhamos tempo e nosso Game Boy na mochila acabávamos batalhando- e acabou que nos tornamos grandes amigos. Anos e anos se passaram, eu e ele continuamos a jogar Pokémon, até mesmo durante o ensino médio. Passamos por todas as gerações e versões de Pokémon, as batalhas nunca ficavam chatas ou entediantes.
Quando chegamos à faculdade, infelizmente paramos de jogar a franquia. Não conversei de forma frequente com ele depois disso; eu e ele tínhamos uma vida bastante ocupada nessa época. A minha ideia era que após essa fase de Pokémon, não teríamos mais a mesma amizade. Então, Pokémon Diamond e Pearl foram lançados em 2007 para o Nintendo DS, portátil que eu e ele tínhamos, o que acabou fazendo que nossa amizade voltasse e nós aproveitamos o interesse pela séria para nos reunir e se divertir. Eu e ele realizávamos batalhas online e nós conversávamos por wi-fi todo santo dia nas primeiras semanas após o lançamento do jogo.
Meu amigo me contou que ele planejava recomeçar aquele antigo Pokémon Red que ele tinha. Três meses após o lançamento de Pokémon Diamond e Pokémon Pearl- e obviamente, não jogávamos mais com a mesma frequência. Eu perguntei a ele o motivo dele querer jogar aquele cartucho velho e empoeirado para Game Boy, ele simplesmente respondeu, “Eu não sei, talvez eu encontre algo que ninguém jamais encontrou antes.”
Apesar da minha indecisão em jogar meu cartucho de Pokémon Blue com ele, ele jogou a versão Red mesmo assim. Depois que ele voltou de onde parou, eu nunca mais falei com ele. Acho que uns três meses depois, se não me engano, eu recebi uma ligação dos pais desse meu amigo.
Mesmo que ele nunca tivesse problemas similares antes, ele morreu, o motivo, de acordo com os pais dele, foi uma convulsão. De acordo com os pais dele, ele estava sozinho no dormitório até que um colega que dividia o quarto com ele, que por acaso (e infelizmente) chegou tarde demais, o encontrou no chão, sem vida, mas o bizarro foi que ele estava usando seus fones de ouvido favoritos. Eu fui assim que pude ao seu funeral. Um colega dele, que também foi ao velório, me informou que apenas alguns dias antes do incidente, meu amigo havia se tornado obcecado por Lavender Town, principalmente a trilha sonora. Meu amigo tinha o sonho de ser engenheiro de som depois de se formar e tinha um ótimo apelo auditivo. Pense no tipo de som que você provavelmente teria dificuldade de reconhecer ou ouvir, ele reconheceria.
Assim que ele redescobriu Lavender Town, ele converteu o áudio do Game Boy para o seu computador e começou a edita-lo em um software específico. O mais curioso, é que ele sempre lembrava de ter encontrado uma cópia rara, da música retirada da primeira edição do Pokémon Green, jogo que foi lançado apenas no Japão. Não falando especificamente da versão japonesa, ele disse à esse colega de quarto que “As frequências dessa música são diferentes; elas se unem de modo especial. Mas tem algo faltando. Eu acho que alguma coisa deveria ser mixada junto, mas acabou não funcionando no Gameboy. Ele era muito limitado em termos de tempo de faixa.”. Eu pude mexer em seu laptop pela última vez, então eu visitei sua lista de “Arquivos Recentes”. Bem no início da lista, eu achei a tal “lavender.wav”. Juntamente com diversas fotos nossas juntos, então eu decidi copiar este tal arquivo. Como estava com uma grande tristeza pela morte do meu melhor amigo, eu ignorei o tal áudio até algumas semanas antes de escrever isso. Não me pergunte o porquê, mas decidi recentemente que eu tinha que entender o que aconteceu.
Eu queria saber o porquê daquela morte repentina, então eu abri as propriedades do som, sem ouvir o áudio. Com a seção de descrição do áudio, eu abri e li o que ele escreveu. “Tons bi-auriculares, eu coloquei as frequências necessárias, eu sei porque Lavender Town soa tão triste, e eu sei a parte que faltava”. Não entendo os termos técnicos de áudio, mas mesmo assim, eu olhei o arquivo no programa de áudio que ele mais usava (não, ainda não tinha ouvido),encontrei a contagem de vezes que o arquivo foi ouvido. Somente uma. Eu apelei para um fórum e achei um entusiasta de som, já na esperança de decifrar estes comentários. Ele me deu um software especial que poderia analisar o áudio em tempo real e disse que era tudo que ele podia fazer. O áudio é devastador, prefiro não descrever o que ouvi.”
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