Hoje é sexta-feira 13 e vamos iniciar os trabalhos contando uma assustadora lenda urbana que faz parte da história de Curitiba, capital do Paraná. Segundo dizem os boatos, durante o século 19 um grande navio chegou em Paranaguá, litoral do Paraná. Dele saíram inúmeros imigrantes que foram para Curitiba trabalhar nas lavouras, assim formando um bairro chamado Santa Felicidade. Dentre estes imigrantes estava uma jovem chamada Constantina e sua mãe, dona Lola.
Esta mãe estava constantemente lembrando sua filha moça sua descendência strega, ou seja, Constantina fazia parte de uma linhagem muito antiga de bruxas, ela dizia: “Você precisa se preparar para feitiçaria! Afinal, você é uma strega, bruxa de descendência italiana. Nunca se esqueça: ninguém se torna uma strega, isto porque precisa ser um dom de nascença e este é o seu destino. O castigo de uma strega que nega o dom é ser moça durante o dia e idosa durante a noite”.
Porém mesmo com a insistência de sua mãe, Constantina odiava feitiçaria, isto porque acreditava que ser bruxa era invocar o mal, ser o mal. Mesmo assim, ela percebia que tinha diversos dons. Ela conseguia se comunicar com os mortos, tinha premonições e um grande instinto para curar as pessoas. Mesmo com a constante negativa de sua filha, Dona Lola não desistia, levando Constantina para aprender rituais de feitiçaria e bruxaria. Certa noite, Dona Lola levou sua filha até o cemitério com o objetivo de arrancar defuntos de seus túmulos. Nesta ocasião, Constantina ficou tão assustada que fugiu de sua mãe e correu em direção de sua casa. Porém, a jovem andou tanto que acabou encontrando um lugar que atualmente é chamado de Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba.
Lá ela encontrou uma floresta e, no centro desta floresta, havia uma pequena casa abandonada onde Constantina encontrou ervas de efeitos curativos. Ela as recolheu e logo em seguida acabou encontrando uma idosa com o braço quebrado. Imediatamente, a jovem a socorreu utilizando as ervas que havia encontrado para fazer curativos e um chá, ela também recorreu a diversas orações e curou a sofrida senhora. Logo, Constantina ficou famosa e diversas pessoas iam até sua casa em busca de socorro. O interessante é que sempre que pessoas batiam em seu lar durante a noite, sempre encontravam uma senhora idosa, porém a jovem Constantina nunca estava por lá. O contrário acontecia durante o dia quando apenas a jovem moça residia na casa enquanto a idosa desaparecia.
A lenda conta que, certo dia um pequeno menino chamado Zé correu em busca de Constantina para ajudar sua mãe que estava doente às 18h, porém ao chegar na casa, a criança colocou sua cabeça na janela e pode ver a jovem Constantina se transformar em uma senhora idosa. Imediatamente, o pequeno Zé correu até a vila e contou a notícia a todos, apavorando a região com tamanha atrocidade. Até hoje esta história é contada de pai para filho, talvez comprovando que Constantina realmente existiu, mas a verdade é que jamais saberemos que tais fatos são verídicos.
Tenha uma ótima sexta-feira treze… 😉