Quem nunca foi em uma festa onde alguém pegou um violão e começou a tocar? Eu pelo menos já fui em várias e posso dizer, aquele instrumento tem o poder de unir as pessoas em uma rodinha apenas para ouvir boa música. Esses dias eu acabei fazendo um post sobre quem inventou o piano, clássico instrumento musical e após alguns amigos meus leram e acabaram me pedindo para fazer um post dedicado ao violão, então atendendo o pedido deles hoje irei te mostrar como este belo instrumento surgiu. Espero que gostem 😀
A muito tempo atrás, sendo mais especifico, em 2000 a.C lá na Grécia surgia o instrumento musical mais parecido com o violão, ele era feito de uma casca de tartaruga fechada com couro de boi, sendo as cordas feitas de tripas esticadas de um carneiro, chegando a ser bem parecido com uma harpa na minha opinião. Você teria coragem de tocar um instrumento feito com essas coisas? Eu nem chegava perto.
Chamado de Chelys, o instrumento feito com casca de tartaruga e tripas de carneiro acabou se transformando na lira, que ganhou o nome de “Guitarra romana” durante o império dos Césares. De acordo com o musicólogo do Departamento de História da USP, Mauricio Monteiro:
“Esta versão do instrumento praticamente desapareceu com a decadência de Roma, mase ressurgiu, bem mais parecido com o violão atual, na Arábia do século 8, quando foi acrescentada a caixa de ressonância em forma de pera”.
O instrumento com a caixa de ressonância em formato de pera que Mauricio se refere é o famoso Alaúde, que após as invasões árabes acabou sendo adotado pelos europeus sendo deste modo chamado de “guitarra mourisca”. O formato que conhecemos atualmente foi criado pelos povos Ibéricos, que reduziram o tamanho, alteraram a caixa de ressonância e também acabou dando um novo nome ao instrumento, dessa vez ele era chamado de “Vihuela”.
(Alaúde)
No inicio a Vihuela possuía apenas 4 cordas duplas, ele só veio a ganhar sua 5ª corda no final do século XVI quando Vicente Espinel teve a ideia de adiciona-la. Vale lembrar que nessa época a Vihuela possuía vários furinhos na caixa de ressonância, diferente do modelo atual que possui apenas um grande buraco no meio. E para encerrar, no século XIX, o austríaco Johann Stauffer e o espanhol Antonio de Torres Jurado acabaram realizando algumas modificações estruturais e revolucionárias no instrumento, que o tornaram o que são hoje.
(Vihuela)
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