Apesar de parecer simples, essa é uma questão muito complexa de se responder. Robert Oppenheimer, líder da equipe científica no projeto de criação da primeira bomba desse tipo, é muitas vezes considerado o “pai da bomba nuclear”. No entanto, o desenvolvimento do programa não foi um projeto de um homem só. Sua invenção foi o resultado da colaboração entre sua equipe e outros membros da comunidade científica que foram exilados de seus países na Europa.
Durante a Segunda Guerra Mundial, físicos e engenheiros americanos iniciaram uma corrida contra a Alemanha nazista para criar a primeira bomba atômica. Todo esse esforço secreto durou de 1942 até 1945 sob o codinome “The Manhattan Project”, ou Projeto Manhattan em português. O programa recebeu esse nome por causa da Universidade de Columbia em Manhattan, Nova York, um dos locais iniciais do estudo atômico. Durante o projeto, os militares dos EUA se uniram às melhores mentes da comunidade científica. As operações militares foram lideradas pelo brigadeiro-general Leslie R. Groves e Julius Robert Oppenheimer atuou como diretor científico, supervisionando o projeto do conceito à sua realização.
Tudo começou em 1938 quando cientistas alemães descobriram a fissão, que ocorre quando o núcleo de um átomo se divide em dois fragmentos iguais. Esta reação libera nêutrons que quebram mais átomos, causando uma reação em cadeia. Uma vez que a energia é liberada em apenas milionésimos de segundo, foi constatado que isso poderia causar uma reação explosiva em cadeia de força considerável dentro de uma bomba de urânio.
Devido à guerra, vários cientistas emigraram da Europa e levaram junto com eles a nova descoberta. Em 1939, Leo Szilard e outros cientistas tentaram alertar o governo dos EUA sobre esse novo perigo. Entre eles estava Albert Einstein, um dos cientistas mais conhecidos da época.
Einstein era um pacifista dedicado e a princípio relutou em contatar o governo. Ele sabia que, no fundo, estaria pedindo que o governo trabalhasse para criar uma arma que poderia matar milhões de pessoas. No entanto, Einstein acabou sendo conquistado pela ameaça da Alemanha nazista conseguir essa arma primeiro. Em agosto de 1939, Einstein escreveu uma carta ao presidente Franklin D. Roosevelt. Ele descrevia os potenciais usos de uma bomba atômica e formas de ajudar os cientistas americanos em suas pesquisas. Esse, na verdade, foi o único envolvimento de Albert Einstein no desenvolvimento da bomba atômica, além da apresentação de sua Teoria da Relatividade. Por isso, considerá-lo como o criador da bomba, é no mínimo, um erro crasso.
Com base nas recomendações do comitê, o governo dos EUA investiu dinheiro na exploração. Mas apesar da ação imediata, o progresso foi lento até um fatídico dia. Em 7 de dezembro de 1941, militares japoneses bombardearam Pearl Harbor, no Havaí, a sede da Frota do Pacífico dos Estados Unidos. Em resposta, os EUA declararam guerra ao Japão no dia seguinte e entraram oficialmente na Segunda Guerra Mundial.
Os cientistas continuaram a trabalhar diligentemente no projeto como uma forma de ajudar o governo a “vingar” o ataque à Pearl Harbor, mas demorou até 1945 para produzirem a primeira bomba nuclear. Naquele mesmo ano, uma bomba de teste codinome “The Gadget” foi levada para o deserto do Novo México.
Nunca tendo testado nada dessa magnitude antes, todos estavam ansiosos. Enquanto alguns cientistas temiam um fracasso, outros temiam o fim do mundo. Ninguém sabia o que esperar. Às 5h30 de 16 de julho de 1945, cientistas, generais do exército e técnicos usavam óculos especiais para assistir ao início da Era Atômica. A bomba era lançada.
Houve um forte clarão, uma onda de calor e uma nuvem em formato de cogumelo que se estendia a mais de 12 mil metros de altura. Milhares de metros quadrados da areia do deserto foram transformadas em um vidro radioativo de uma brilhante cor verde. A bomba havia funcionado. Em 6 de agosto de 1945, uma bomba de urânio chamada “Little Boy” (batizada por seu tamanho relativamente pequeno, de três metros de comprimento) foi lançada sobre Hiroshima, no Japão. Às 8:15 da manhã, a bomba foi lançada e, às 8h16, mais de 66 mil pessoas já estavam mortas. Cerca de 69.000 pessoas ficaram feridas, a maioria queimada ou sofrendo de doenças causadas pela radiação, das quais muitas morreram mais tarde.
Em termos de objetivo, o projeto foi considerado um sucesso, já que forçou o Japão a se render e finalmente acabou com a guerra. Mas a criação da bomba atômica trouxe consequências inimagináveis anteriormente e, embora alguns países ainda insistam em tentar desenvolver esses arsenais, todos agora compreendem o seu poder destrutivo. Esperamos que as mortes daquelas pessoas não tenham sido em vão.
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