A granada é uma pequena bomba que conta com um sistema de segurança no qual permite sua explosão alguns segundos após a ativação. Ela é usada a curta distância, geralmente lançada à mão ou com o uso de um lançador próprio. A força resultante da explosão causa ondas de choque e dispersa fragmentos do metal com uma grande velocidade, provocando ferimentos por estilhaços. A palavra granada vem do vocábulo francês “romã”, devido à sua semelhança com a fruta.
As granadas começaram a ser usadas por volta do século 15 e as informações a respeito de seu criador são bastante vagas, embora alguns apontem o chinês Zhen Tian Lei como o “pai” do dispositivo. As primeiras granadas eram simplesmente bolas de ferro cheias de pólvora em seu interior e eram acendidas por um pavio que queimava lentamente. Durante o século XVII , os exércitos começaram a formar divisões especializadas de soldados treinados para lançar esse artefato bélico. Esses especialistas foram chamados de granadeiros e, durante muito tempo, foram considerados combatentes de elite.
No século 19, com a melhoria das armas de fogo, a popularidade desse tipo de bomba diminuiu consideravelmente. Elas foram largamente usadas pela primeira vez durante a Guerra Russo-Japonesa, entre 1904 a 1905. As granadas de mão da Primeira Guerra Mundial funcionavam basicamente como latas vazias cheias de pólvora e pedras, além de usarem um fusível rudimentar. Os australianos usaram latas de geleia para produzir suas primeiras granadas, que mais tarde foram apelidadas de “Jam Bombs”, algo como “bombas de geleia” em português.
A primeira granada realmente segura para a pessoa que a lança foi a bomba Mills, inventada pelo engenheiro inglês William Mills em 1915. A bomba Mills incorporou alguns elementos do design de uma granada auto-inflamável belga. No entanto, o inventor acrescentou algumas melhorias de segurança e aprimorou a eficiência mortal da coisa. Essas mudanças revolucionaram o combate às trincheiras.
As granadas atuais funcionam praticamente da mesma forma, sejam elas de explosão, de fragmentação, de gás, entre outros modelos. Após o pino ser retirado, um dispositivo interno é acionado de tal maneira que gera uma faísca no interior da bomba. Essa faísca acende um pavio que demora cerca de 6 segundos para queimar totalmente. Esse é o “tempo de segurança” que o lançador tem até atingir o seu alvo. Após o fogo consumir todo o pavio, a carga explosiva é detonada e rompe todo o invólucro da granada, lançado uma carga de fragmentos em várias direções.
Talvez a maior responsável pela popularidade da granada seja a Grã-Bretanha. O país fabricou milhões de bombas desse tipo durante a Primeira Guerra Mundial, propagando o dispositivo explosivo para todos os cantos do mundo, o que tornou a granada uma das armas mais emblemáticas do século XX.
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