Estranho pensar que alguns presídios, apesar de terem abrigado criminosos de alta periculosidade ao longo de sua história, sejam pontos de turismo atualmente. De qualquer forma, este histórico acaba instigando ainda mais a curiosidade de viajantes, pois realmente algumas dúvidas surgem ao se ouvir falar destes lugares: “Como viviam os encarcerados?” paira em suas mentes. Até porque, prisões de segurança máxima devem seguir padrões muito diferentes de uma cadeia convencional. Veja a seguir alguns destes locais.

Alcatraz – Califórnia, Estados Unidos

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Localizada na ilha de Alcatraz, na baía de São Francisco, foi uma prisão de segurança máxima em meados de 1934, por isso, requeria um custo muito maior para sua manutenção. Só é possível chegar ao presídio a barco, e nos dias de hoje, inclusive, quem quiser visitar Alcatraz precisa comprar tickets antecipados. Foi desativada na década de 60 e logo em 1972 já teve suas instalações preparadas para receber visitantes que se interessam em saber como foi a vida de presos como Al Capone, um dos maiores gangsteres contrabandistas dos anos 30.

La Catedral – Evingado, Colômbia

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Uma penitenciária que carrega uma história muito interessante e peculiar, considerando os outros locais que abordamos aqui. Este presídio abrigou o mais poderoso narcotraficante dos anos 90, Pablo Escobar, entre os anos de 1991 e 1992. O mais curioso, é que toda sua construção foi financiada pelo próprio Escobar, em acordo com o presidente Gaviria, de que se manteria preso. La Catedral é um presídio muito distinto, pois foi construído com requintes dignos de construções faraônicas: Tinha salas de recreação, quadra de esportes, uma igreja (não uma simples capela, uma igreja, realmente), quartos espaçosos com TV, vídeo-cassete e muito mais. Isto demonstra a fortaleza de poder que Pablo Escobar construiu ao longo de sua vida. La Catedral

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Fernando de Noronha – Pernambuco, Brasil

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Construída em 1737, a “Alcatraz brasileira” também fica situada em uma ilha. A dificuldade de acesso para o presídio de Fernando de Noronha o tornou um presídio para pessoas “loucas”, “desvairadas”. Nos anos 30, sob a presidência de Getúlio Vargas, a penitenciária foi usada como cadeia para presos políticos. Dentre estes, Carlos Marighella, escritor e guerrilheiro que se tornou um dos símbolos contra a ditadura de 1964.

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Ilha Robben, na África do Sul

presidios-que-viraram-atracao-turistica-ao-longo-dos-anos-robben-island-apartheid-mandela02Presídio no qual ficou confinado Nelson Mandela, um dos líderes na luta contra o regime separatista Apartheid, na África do Sul. Mandela passou 18 anos de sua vida atrás das grades na ilha, que fica na cidade do Cabo. Jacob Zuma, presidente da África do Sul na época do regime (1948 a 1994) também foi preso. As visitas ao presídio mostram aos visitantes como era a vida dos prisioneiros, destacando a época do Apartheid.

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