O alumínio é o metal mais comum na crosta terrestre, quase duas vezes mais abundante que o ferro. E uma classe comum de seus minerais, chamada coletivamente de alúmen, tem sido usada desde os tempos gregos e romanos. Mas não existe uma maneira fácil de extrair alumínio dos minérios (diferentemente do ferro), não importa o quanto você os aqueça. Ninguém parecia conseguir isolá-lo, até que um químico alemão passou a extrair alguns flocos na década de 1820. E quando ele finalmente conseguiu esse feito, o alumínio viria a se tornar um sucesso instantâneo.
Acima de tudo, as pessoas adoravam a cor e o brilho do elemento número 13 da tabela periódica. Tanto é que o metal tornou-se mais precioso do que o ouro e prata no século 19, pois era mais difícil de se obter. O governo francês uma vez exibiu barras de alumínio ao lado das joias da coroa, e o imperador menor, Napoleão III, reservava um valioso conjunto de talheres de alumínio para convidados especiais em banquetes. Enquanto isso, os hóspedes menos favorecidos usavam facas e garfos de ouro! Os Estados Unidos, para exibir suas proezas industriais, chegaram a cobrir o Monumento de Washington com uma pirâmide de alumínio de seis quilos em 1884.
Mas o mercado do elemento sofreria uma reviravolta logo em seguida. Empreendedores nos Estados Unidos e na Europa finalmente descobriram como separá-lo de minerais a baixo custo e também como produzi-lo em escala industrial. Eles conseguiram fazer isso executando uma corrente elétrica através de um banho de líquido com minério de alumínio dissolvido. A eletricidade se chocava com as moléculas de alumínio dissolvido, separando-as da solução, chegando ao ponto no qual pequenas pepitas cinzentas se acumulavam no tanque.
Em 1888, a maior empresa do ramo nos EUA (que se tornaria a Alcoa) podia produzir cerca de 22 quilos do material por dia. Em 20 anos, esse número subiria para aproximadamente 40 mil quilos por dia para atender à demanda. Como a produção subiu, os preços despencaram. Em meados dos anos 1800, os primeiros lingotes de alumínio no mercado custavam 550 dólares por libra. Cinquenta anos depois, mesmo com os efeitos da inflação, o mesmo produto passou a valer apenas 25 centavos.
E com essa queda, o metal até então mais cobiçado do mundo tornava-se a matéria-prima de produtos que conhecemos hoje: latas de refrigerante, bastões de basebol infantil e carenagens dos aviões. Não importa onde você esteja, sempre haverá algo com alumínio por perto.
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