Se você já andou por alguma praia, pensando na natureza ou na sua própria existência, é bem provável de já ter se deparado com estrelas-do-mar ou algumas conchinhas, não é mesmo? Mas você já viu uma Bolacha-da-Praia? Também conhecida como Bolacha-do-Mar, esse animal de nome e aparência peculiar tem levantado admiração por todo o mundo. Que tal conhecê-lo um pouco melhor?
Quando a maioria das pessoas pensa em ouriços-do-mar, visualizam criaturas assustadoras e espinhosas que vivem no fundo do mar. Mas os ouriços-do-mar possuem muitas formas, tamanhos e parentes próximos, como a Bolacha-da-Praia, que é cientificamente classificada na ordem Clypeasteroida. Existem muitas variedades e espécies nessa classificação. Essas criaturas planas e disciformes estão intimamente relacionadas com os pepinos-do-mar e as estrelas-do-mar, mas sua aparência incomum tem fascinado as pessoas durante séculos.
A Bolacha-da-Praia possui uma casca exterior dura coberta de pelos muito finos. Curiosamente, esses pequenos pelos também são cobertos por outros ainda menores, conhecidos como cílios. Essa estrutura complexa ajuda esse bicho a se mover pelo fundo do oceano em busca de comida. Além disso, ela costuma viver em áreas arenosas ou lamacentas nas quais se enterra durante boa parte do dia.
A expectativa de vida da Bolacha-da-Praia gira em torno de 7 a 10 anos. Você pode comprovar sua idade observando os anéis no fundo, assim como uma árvore! Quando as Bolachas-da-Praia morrem, elas são incapazes de se manter no lugar por mais tempo. Com o movimento das marés, esses ouriços são eventualmente desenterrados e levados em direção à costa. Os pelos da casca exterior começarão a cair, ou serão comidos por outros animais. Uma vez na praia, o cabelo restante irá desaparecer e a luz do sol vai branquear a casca até deixá-la quase branca.
As Bolachas-do-Mar gostam de ficarem juntas, geralmente em grupos que chegam às centenas. Supõe-se que a razão para isto é que quando um solo fértil para alimentação é encontrado, o grupo irá se deslocar para aquele local antes de mudar em massa para outras áreas. O problema é que esse movimento pode levar muito tempo, já que elas são notoriamente lentas. E quando eu falo em lentidão, eu digo em todos os sentidos, já que elas podem levar mais de dois dias para digerir totalmente os alimentos que consomem.
Outro fato curioso é que estes seres não são particularmente muito enérgicos ou capazes de fazer sexo da mesma forma que a maioria das criaturas faria. Como resultado, eles deixam sua reprodução meio que “ao acaso”, com ambos os óvulos e espermatozoides sendo liberados na água, onde a fertilização pode ocorrer aleatoriamente. Criatura interessante, não é mesmo?
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