Como bem sabemos, a humanidade sobreviveu milhares de anos sem tomar banhos diariamente já que seu tempo servia para sobreviver, matar e comer. Porém, o surgimento das civilizações modernas possibilitou que houvesse mais tempo livre para cuidar de si e se preocupar com limpeza, mas como surgiu o hábito de tomar banho todos os dias?
Esta é uma obrigação diária e não há muito o que questionar, não atualmente. Porém, durante muito tempo o banho foi evitado. Ao longo da Idade Média a humanidade sofreu com doenças como a Peste Negra e a Sífilis, mas apesar de muitos pensarem o contrário de forma errada, a verdade é que nesta época as pessoas gostavam de se manter limpas. Todos os nobres possuíam banheiras e os plebeus se banhavam em banhos comunitários através de grandes piscinas. Porém, quando a Idade Média teve um fim um novo boato começou a surgir. Como muitas doenças começaram a se espalhar, as pessoas começaram a acreditar que era o banho o culpado já que ajudaria na transmissão mais rápida das doenças, assim foram pouco a pouco abandonando o hábito.
Para substituir, começaram a ser utilizados pelos mais ricos óleos para que os poros fossem fechados, isto porque havia uma crença de que as doenças invadiam os corpos através deles. Como era de se imaginar, houve uma geração inteira de pessoas imundas circulando por ai que utilizavam óleos e perfumes para disfarçar seu odor terrível, durante este período era comum ouvir que as pessoas tomavam banho apenas uma vez ao ano. Só no século XIX que o banho voltou a ser utilizado após um experimento equívoco. Pesquisadores da época deciram comprovar que os poros fechados poderiam trazer grandes malefícios para a saúde, com este fim alguns cavalos tiveram seu pelo totalmente raspado e foram cobertos por piche. Em pouco tempo as cobaias acabaram falecendo e os pesquisadores, em mais uma tentativa, utilizaram junto ao piche cola e isso obteve o mesmo resultado, a morte dos pobres cavalos.
E qual foi a conclusão do experimento? Que os poros fechados eram ruins e poderiam matar da mesma forma que os cavalos faleceram. Como o conhecimento científico era escasso, essa pesquisa foi tomada como verdade universal e todos começaram a tomar banho novamente em grandes piscinas publicas, quem tinha mais dinheiro instalava banheiras em suas casas. Agora, falando dos pobres cavalos que faleceram, sua morte não foi causada pelos poros fechados, mas sim em função de terem perdido seu pelo, assim causando grande dificuldade de conseguir equilibrar o calor do corpo e morrendo de hipertermia.
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