Quem não gosta de pipoca, ou tem alguma alergia, ou, com certeza, é uma pessoa de caráter muito duvidoso (não deixe seu gato sob custódia de alguém que não coma pipoca!!!). Suas origens são muito contraditórias, algo como o mistério Tostines, “Vende mais por que é fresquinho, ou é fresquinho por que vende mais?“.
Bom, não dá pra calcular ao certo a origem de um dos petiscos mais consumidos em salas de cinemas do mundo. Há indícios de que a Civilização Inca já se deliciava com a pipoca, no Antigo Egito e Antiga China também. Portanto, tudo nos leva a pensar que o derivado de milho tem seus primeiros registros na América há mais de um milênio (muitos sugerem que o milho tenha sido usado para este fim até há nove mil anos, no México).
Os europeus que chegaram primeiro na América, inclusive, registraram por meio de manuscritos suas impressões a respeito da pipoca, uma vez que nunca haviam experimentado tal iguaria: Um salgado que usa como base o milho, que os índios usavam tanto como alimento, como também adorno para seus cabelos. Você pode achar brincadeira, mas os astecas usavam pipoca em várias cerimônias!
Algumas tribos da América diziam que espíritos habitavam os grãos de pipoca. Quando seus “lares” eram aquecidas, eram tomados pela fúria, deixando sua paz em conflito o que fazia o grão pular e estourar, de forma a liberar o espírito, saindo em forma de uma pequena névoa.
Bernadino de Sahagun, um navegador espanhol, descreve em seus manuscritos que mulheres dançavam em uma destas cerimônias, usando coroas confeccionadas com milho para pipoca. Havia milho também nas estátuas em reverências a deuses, como Tlaloc, o deus da fertilidade e chuva, uma das divindades mais importantes no panteão asteca, adornado com colares e outros enfeites com pipoca. Estátuas como esta foram encontradas no Peru e também em Utah, por arqueólogos dos Estados Unidos. Isto sugere que o milho de pipoca era importante para a alimentação de vários povos distribuídos por toda a América.
O que se sabe até então é que, antigamente, a pipoca era preparada pelos indígenas colocando espigas inteiras sobre fogo. Um tempo depois, não colocavam as espigas, mas somente os grãos sobre suas brasas. E, por fim, o mais próximo do que temos hoje: cozinhavam o milho em uma panela de barro, com areia quente. Independente da fórmula, a mágica era a mesma: estourar os grãozinhos.
A pipoca ficou famosona mesmo durante a época da Grande Depressão, nos Estados Unidos, no fim do século XIX. Era um dos pouquíssimos produtos que não haviam encarecido tanto, sendo assim mais acessíveis à população carente. Uma história interessante da época fala sobre um banqueiro que havia falido e comprou um carrinho de pipoca para lhe prover algum sustento, algum tempo depois, conseguiu recuperar um pouco do que havia perdido. Falando nisso, a primeira máquina de fazer pipoca de que se tem registros fora construída pelo norte-americano Charles Cretors, no ano de 1893, em uma edição da Exposição Mundial Colombiana, que aconteceu em em Chicago (Estados Unidos).
Nos anos que sucederam 1950, marcados pelo surgimento da televisão, também foi a primeira vez que as pessoas compraram pipoca para consumo em casa, algo que só se fazia em teatros e cinemas. A pipoca de microondas apareceu na década de 80, quando a empresa General Mills teve a patente de primeira pipoca de microondas registrada. Foi a partir dos anos 90 que a produção de pipoca de microondas gerava 240 milhões de dólares em vendas nos Estados Unidos.
Porém, vamos deixar um pouco a mitologia de lado. O que realmente acontece é o seguinte: Dentro do grão de pipoca há uma pequena quantidade de água, que cercada por uma pequena camada macia. Quando este grão é aquecido, com óleo ou pela ação do microondas, esta água se expande e a pressão aumenta a ponto de estourar o grão e expandir uma camada macia (a parte branca da pipoca). Esta é uma explicação mais simplificada sobre o que acontece para se obter a pipoca.
A Pipoca é milho, que possui carboidratos complexos, fibras solúveis, proteína, e também sais minerais que ajudam na nutrição, como cálcio e ferro. Ouvi falar que mastigar pipoca por um bom tempo também ajuda a combater a ansiedade! Será?
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