No dia 21 de janeiro de 2018, uma mulher australiana encontrou uma garrafa na praia que carregava uma mensagem do consulado alemão que tinha sido escrita por volta de 1886. Naquele momento, Tonya Illman tinha acabado de descobrir a mais antiga mensagem em uma garrafa já recuperada.
Quando Tonya passeava com seu marido Kym pelas dunas, ela avistou de longe uma garrafa marrom e logo percebeu que havia alguma coisa lá dentro. No começo, ela pensou que se tratava de um cigarro enrolado, mas quando ela observou com mais atenção viu que era algo muito mais interessante.
O bilhete, que foi escrito há 132 anos atrás, estava bem enrolado e ainda possuía um frágil pedaço de barbante ao redor. O mais incrível de tudo isso é que o bilhete permaneceu praticamente intacto por todo esse tempo ainda que a garrafa estivesse sem uma rolha.
Os Illmans colocaram o bilhete para secar antes de finalmente desenrolá-lo. Quando finalmente começaram a ler, eles não podiam acreditar no que viam. No bilhete, havia a data de 12 de junho de 1886 juntamente com um monte de palavras alemãs e o nome de um navio, o Paula.
Eles pensaram que deveria ter sido algum tipo de truque ou promoção, mas depois de traduzir a mensagem em alemão no Google e pesquisar a história de Paula, eles perceberam que aquilo era algo muito mais surpreendente. O bilhete fazia parte de um experimento bastante longo que foi conduzido entre 1864 e 1933, pelo Observatório Naval Alemão.
Nesse estudo, vários navios jogaram centenas de garrafas no mar, cada uma contendo um bilhete com um formulário onde o capitão da embarcação anotava dados como as coordenadas da localização, a data do lançamento, o nome do navio, a rota da viagem, etc. Traduzido do original em alemão, o bilhete em questão apresentava a seguinte mensagem:
Esta garrafa foi lançada ao mar em 12 de junho de 1886, na latitude 32 ° 49 ‘sul e longitude 105 ° 25’ a partir do leste de Greenwich.
Do: Navio Paula, Porto: Elsfleth, Capitão: [nome ilegível], em sua jornada de Cardiff a Macassar.
O localizador é solicitado a enviar o comprovante na garrafa para o Observatório Naval Alemão em Hamburgo ou deixar no consulado mais próximo para o retorno à mesma agência depois de preencher as informações no verso.
O objetivo da missão do navio Paula era um estudo meteorológico para ver exatamente como as correntes oceânicas se moviam umas em relação às outras. Cerca de 10% das garrafas voltaram para Hamburgo, mas esta última demorou muito mais tempo para surgir. É ainda realmente surpreendente que a garrafa tenha sobrevivido intacta por tanto tempo, já que a última das garrafas daquela viagem tinha sido descoberta em 1934.
Recentemente a descoberta da garrafa foi considerada um novo recorde no Guinness Book, mostrando como o passado relativamente recente ainda é cheio de surpresas.
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