Mitos urbanos, filmes e até mesmo interpretações incorretas de leis levam muitas pessoas que vivem em países onde a pena de morte é permitida a crer que o condenado será liberado da pena caso a execução não seja bem-sucedida. Mas será que isso é realmente verdade ou é apenas um mito?
A verdade é que esses mitos urbanos são apenas mitos mesmo (pelo menos nos dias atuais). Em praticamente todos os países que aplicam esse tipo de pena, o réu pode até se livrar da execução quando o processo de julgamento ainda está em andamento. No entanto, quando o acusado é considerado culpado e é definitivamente sentenciado à morte, não há muito a ser feito e o jeito é esperar chegar a sua hora de partir, a menos que haja uma grande reviravolta em todo o contexto. Mas para uma melhor explicação do assunto desse post, vamos levar em conta apenas as situações que envolvem execuções “comuns”.
Se durante a execução de um condenado a cadeira elétrica, forca ou injeção letal não conseguir “fazer o trabalho” na primeira tentativa, as autoridades simplesmente tentam uma segunda vez e assim por diante. As leis sobre as sentenças de morte são geralmente bem claras neste quesito. A maioria delas estipulam que os condenados sejam submetidos ao método de execução definido “até que estejam mortos”.
E por mais incrível que pareça, essas situações são mais comuns do que você imagina. Em 1984, o estado americano da Geórgia sentenciou o criminoso Alpha Otis O’Daniel Stephens à pena de morte pelo assassinato de um homem que tentou imobilizar Stephens durante uma tentativa de assalto dez anos antes. O primeiro choque da cadeira elétrica não conseguiu matá-lo imediatamente. Stephens continuou vivo e, segundo alguns relatos, semiconsciente por cerca de seis minutos. Esse foi justamente o tempo que as autoridades esperaram para seu corpo esfriar o suficiente para que os médicos pudessem examiná-lo e decidir se outra descarga elétrica seria necessária.
Outro caso muito famoso é o de Romell Broon que foi condenado à pena de morte por estupro e assassinatos no estado americano de Ohio. No entanto, Romell sobreviveu a 18 tentativas de execução por injeção letal, o que acabou adiando sua sentença. Mas se você pensa que depois de tanto esforço a justiça deixou o caso de Romell pra lá, está enganado! A próxima tentativa de execução está marcada para junho de 2020, mas se levarmos em conta o antepassado de Romell, não sabemos se ele realmente vai morrer ou se sobreviverá mais uma vez.
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