Vamos supor que você está em uma área repleta de cobras e tem a infelicidade de ser picado por uma. O que você faria nessa hora? Bem, se você tem o costume de assistir alguns filmes que seguem essa linha já deve ter visto que muitos protagonistas simplesmente amarram um torniquete no local, usam algo afiado para cortar o ferimento da mordida e começam a sugar o veneno com a própria boca. Mas será que isso realmente funciona?
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 5,4 milhões de pessoas são picadas por cobras a cada ano no mundo das quais em média 100 mil são fatais. Todas essas mortes poderiam ter sido evitadas se a cura se resumisse a apenas sugar o veneno do local, não é mesmo? Mas a verdade é que o remédio não é tão simples assim.
Infelizmente, esse método de “cortar e chupar” já foi desbancado há algumas décadas quando pesquisas provaram que se tratava de uma técnica com falhas absurdas. O veneno se espalha pelo sistema da vítima tão rapidamente que não há como uma pessoas sugar um volume grande o suficiente para fazer alguma diferença. Para piorar ainda mais a situação, esse método de cortar e sugar a ferida pode aumentar o risco de infecções e acabar causando mais danos aos tecidos da vítima.
Pensa que acabou por aí? Que nada! Um torniquete também é muito perigoso nesses casos, pois corta o fluxo sanguíneo e pode deixar o veneno se concentrar em alguma área do corpo. Isso pode prejudicar algum membro de tal forma que pode levá-lo a uma amputação.
Hoje em dia, recomenda-se que a pessoa atacada não toque na ferida e procure assistência médica o mais rápido possível. Também é aconselhável que a vítima remova qualquer roupa apertada no caso da região afetada começar a inchar. É totalmente necessário que a vítima evite qualquer cafeína, álcool ou analgésicos, porque isso pode aumentar a sua frequência cardíaca. Lembrar das características da cobra também pode ser muito proveitoso para que o paciente receba os cuidados médicos de acordo com o tipo do animal que o atacou.
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