O jogo de quebra-cabeça é amplamente considerado um passatempo divertido. Por ter um objetivo simples, mas com níveis de dificuldade que variam bastante, esse tipo de jogo conquistou gerações e continua sendo popular até hoje. Mas você sabia que sua criação teve inspirações educacionais?
O cartógrafo John Spilsbury, natural de Londres na Inglaterra, inventou o jogo de quebra-cabeça em 1767 como um instrumento educacional. O primeiro quebra-cabeça era simplesmente um mapa da Europa. Spilsbury colou um mapa a um pedaço de madeira e depois recortou cada país, exatamente nos limites das fronteiras. Os professores viram naquilo uma ótima ferramenta para tornar as aulas mais interessantes e passaram a usar os quebra-cabeças de Spilsbury no ensino de geografia. Logo após a utilização do jogo nas salas de aula, percebeu-se que os alunos aprendiam as lições de geografia com mais facilidade do que com os métodos mais antigos.
Com a invenção de máquinas e serrotes mais avançados, a criação de curvas e linhas sinuosas se tornou muito mais prática. Ferramentas em que a serra funcionava de acordo com o movimento de pedais, similares aos das máquinas de costura, se encaixaram perfeitamente na linha de produção dos quebra-cabeças. Em 1880, muitos deles já eram trabalhados à máquina. Também foi nessa época que os quebra-cabeças de papelão entraram no mercado, mas ainda assim os quebra-cabeças de madeira continuavam sendo os mais vendidos, muito provavelmente devido a sua maior resistência e durabilidade.
A produção em massa de quebra-cabeças teve início no século 20 com o surgimento das linhas de produção totalmente automatizadas. Nesse processo, surgiram os moldes de metal que davam forma a cada peça do quebra-cabeça ao serem pressionados contra folhas de papelão ou madeiras macias. Nos anos 1930, os quebra-cabeças passaram a ser utilizados como ferramentas de marketing de baixo custo por empresas dos EUA. Eles ofereciam os quebra-cabeças por preços especiais caso fossem comprados juntamente com outros itens como jornais e revistas.
Até hoje, o jogo de quebra-cabeça continua sendo um passatempo divertido e uma ótima ferramenta de aprendizado para crianças. Com a invenção dos aplicativos digitais, surgiram os aplicativos de quebra-cabeças virtuais, permitindo que os usuários de smartphones e tablets tenham a capacidade de resolver os enigmas com praticidade e em qualquer lugar.
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