Se você mora e dirige em uma cidade relativamente grande, deve saber muito bem que qualquer trajeto está sujeito à acidentes. Mas o grande número de infrações cometidas no trânsito podem muitas vezes nos ensinar lições valiosas. As portas dos carros, por exemplo, se tornaram uma excelente ferramenta de ensino para provar aquela lei de Newton que diz que “dois objetos não podem ocupar o mesmo espaço simultaneamente”.
Digo isso pois vários motociclistas estão diariamente propensos a serem atingidos pelas portas dos carros, quando o motorista não observa o ambiente ao seu redor antes de sair do veículo. Por causa disso, alguns lugares resolveram adotar uma técnica muito simples que pode evitar acidentes e salvar vidas: abrir a porta com a mão direita.
Esta dica vem da Holanda, um país que registra um número considerável de acidentes envolvendo ciclistas, já que o uso da bicicleta é muito popular por lá. Se você está sentado no lado do motorista de um carro estacionado e quer sair, não abra a porta com mão esquerda, como você está intuitivamente inclinado a fazer. Em vez disso, abra a porta com a mão direita. Esse movimento simples faz com que você gire toda a parte superior do corpo seu corpo, alinhando o seu campo de visão para o espelho retrovisor. Desse modo, você consegue ver se alguém em uma moto ou bicicleta vem se aproximando. Se você estiver do lado do passageiro, lembre-se de usar a mão esquerda em vez da direita. Ou seja, o truque é sempre usar a mão mais afastada da porta para garantir um maior campo de visão.
Muito simples, não é mesmo? E tem funcionado muito bem por lá! De fato, essa técnica é tão eficaz que muitos países já estão planejando tornar o seu ensino obrigatório nas aulas de condução. Para se ter uma ideia da necessidade dessa medida, existem cerca de 18 milhões bicicletas na Holanda, sendo que o país tem 17 milhões de pessoas. Ou seja, como tem mais bike do que gente em terras holandesas, algo precisava ser feito para evitar acidentes desse tipo.
Como qualquer hábito, esse também demorará um pouco para se internalizar, mas isso não impede de que algum dia essa técnica se torne popular aqui em terras brasileiras. Vale lembrar que como ainda somos deficientes em infra-estrutura de ciclovias, a conscientização de medidas como essa se tornam ainda mais necessárias.
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