Eu não sou muito jovem e por isso lembro de várias coisas que aconteceram nos anos 2000, como o atentado às Torres Gêmeas, o Gugu no Carandiru e outras coisas que marcaram época. Mas se tem uma coisa que só quem viveu mesmo esse tempo conheceu foi a nota plástica de dez reais! Por mais esquisito que pareça, o Banco Central do Brasil realmente pensou em abandonar as cédulas de papel e produzir dinheiro em plástico.
A história da cédula começa com o Brasil comemorando 500 anos de descobrimento. No verso da cédula, era possível observar Pedro Álvares Cabral, o navegador português responsável pela descoberta do Brasil em 22 de abril de 1500. Ao fundo da nota, era possível notar o mapa da chamada “Terra Brasilis”, uma representação inicial do nosso país.
Na frente da nota, era possível observar uma versão do mapa do Brasil formada por quadros, com rostos dos brasileiros, como índios, negros e mestiços. A nota passou por uma alteração em suas características em novembro de 2000, quando foi alterada a forma de escrita do nome de Pedro Álvares Cabral, a inclusão da tradicional frase “Deus Seja Louvado” e outros detalhes em relevo.
Ao todo, o Governo Federal mandou fazer 250 milhões destas notas diferenciadas nos anos 2000. As cédulas foram fabricadas na Austrália e foram desenhadas com doze marcas de segurança. A nota foi vista na época como uma promessa de um “dinheiro moderno”, já que ela duraria muito mais e seria bem mais segura contra falsificações. Porém, as cédulas saíram de circulação em 2006. O Banco Central do Brasil afirmou que a retirada das cédulas já estava prevista para acontecer, pois essa era uma nota somente para a comemoração dos 500 anos do Brasil.
De acordo com o jornal Gazeta do Povo, o Banco Central ainda não recebeu 3.577.976 cédulas desse modelo. Ou seja, elas ainda estão em circulação! Um caso parecido é o das notas de R$ 1, que pararam de ser fabricas e existem aproximadamente 148.839.251 unidades no mercado.
Para os colecionadores, essa nota é um verdadeiro prato cheio. Por ser uma nota que foi pouco fabricada, teve circulação iniciada há dezoito anos atrás e atualmente é considerada rara, a cédula de plástico pode valer, dependendo do estado de conservação, R$ 200.
E aí, você lembra dessa nota? Deixa aí seu comentário!