Muitas pessoas pensam na memória como se fosse um vídeo com o registro perfeito de eventos a serem repetidos várias vezes na nossa mente. Mas os cientistas já descobriram que as memórias são bem diferentes de um simples vídeo de nossas lembranças. Em vez disso, elas estão sujeitas a alterações e mudanças ao longo do tempo, o que pode abrir espaço para o desenvolvimento de métodos para editar certos tipos de lembranças ruins, praticamente do mesmo modo como editamos um vídeo em algum software de edição. Mas isso é realmente possível?
Os estudos realizados nessa área têm focado na edição de memórias relacionadas ao medo. Em 2000, pesquisadores da Universidade de Nova York descobriram que poderiam apagar uma memória repleta de medos em ratos ao fazer o uso de choques leves enquanto os tratavam com uma substância química que inibe a criação de proteínas no cérebro. A teoria por trás deste e de outros experimentos em animais é que uma determinada memória requer a criação de proteínas quando se forma pela primeira vez no cérebro em um processo chamado “consolidação”, sendo que essas proteínas são novamente criadas toda vez que a memória é lembrada, em um processo conhecido como “reconsolidação”. Após os experimentos, os pesquisadores descobriram que o próprio ato de lembrar acaba desestabilizando a memória, de modo que ela pode ser mudada ou até mesmo “apagada”.
No entanto, tratar os humanos com o uso desse método ainda não é seguro, pois o cérebro humano é muito mais complexo. Mas os pesquisadores da Universidade de Nova York relataram recentemente a possibilidade de criar um efeito similar em humanos usando uma técnica não invasiva chamada “extinction training” (“treinamento de extinção” em português). Em um experimento de 2009, as pessoas participantes receberam um leve choque elétrico ao visualizar uma imagem para fazer com que elas criassem uma “memória ruim” ao relacionar o desconforto com a imagem. Um dia depois, os participantes viram novamente as imagens, só que durante essa janela de “reconsolidação”, os indivíduos não sofriam nenhum choque. Segundo os pesquisadores, esse tratamento de extinção foi capaz de banir a memória temerosa, mesmo sendo testada um ano depois.
No final das contas, esses experimentos não mostram que as memórias ruins de um determinado evento desaparecem de uma só vez, mas sim que o aspecto do medo da memória está sendo apagado. Ou seja, seria mais uma questão de “terapia” realizada diretamente no cérebro do que uma “borracha” capaz de apagar todos os acontecimentos ruins. Isso pode ser um indicativo de que no futuro talvez seja realmente possível “apagar” memórias ruins, basicamente falando, mas os métodos utilizados ainda precisam de muitos estudos envolvidos para a obtenção de um resultado totalmente eficaz.
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