Mistérios

O mistério envolvendo as mortes de Kris Kremers e Lisanne Froon

Em 1º de abril de 2014 as jovens viajantes Kris Kremers e Lisanne Froon deixaram a casa onde estavam hospedadas para levar o cão da família em uma caminhada pelas florestas ao redor do vulcão Baru, no Panamá. Kris Kremers e Lisanne Froon eram estudantes de Amersfoort, na Holanda, e tinham passado seis meses planejando uma viagem ao Panamá que deveria ser uma combinação entre turismo de férias e um voluntariado com crianças locais. Elas ensinariam artes e outras atividades ao mesmo tempo em que poderiam aprender espanhol.

As duas viajantes já haviam caminhado pela selva panamenha nas últimas duas semanas como parte de uma viagem para atividades missionárias e pretendiam ficar nas próximas quatro semanas com sua família anfitriã para realizar um voluntariado em uma escola local. No entanto, depois que eles se despediram de sua família às 11 horas do dia 1º de abril, eles nunca mais foram vistas com vida.

Kris Kremers (à esquerda) e Lisanne Froon (lado direito).

Na noite do dia 1º de abril, a família anfitriã percebeu que algo estava errado. O cachorro deles havia retornado são e salvo, mas sozinho, sem nenhum sinal de Lisanne Froon e Kris Kremers. A família, então, decidiu sair à procura das garotas na área em torno de sua casa, mas decidiu esperar até a manhã para alertar as autoridades. No dia seguinte, as viajantes continuavam desaparecidas e consequentemente perderam um encontro marcado com um guia turístico local que deveria levá-las a um passeio a pé na vila, o que levou a família anfitriã a finalmente chamar a polícia. Na manhã seguinte, uma busca aérea foi realizada sobre a floresta, assim como uma busca a pé feita pelos próprios habitantes locais.

Os dias se passaram e em 6 de abril Kris Kremers e Lisanne Froon ainda estavam desaparecidas. Temendo o pior, as famílias das garotas voaram da Holanda para o Panamá, levando consigo detetives do país europeu. Junto com a polícia local e o auxílio de cães treinados, eles fizeram buscas pelas florestas por dez dias. Depois de dez semanas, as autoridades ainda não haviam encontrado nenhum sinal das garotas. Então, quando a polícia começou a diminuir seus esforços de busca, uma mulher local entregou uma mochila azul, alegando tê-la encontrado em uma plantação de arroz ao longo das margens do rio. Dentro da mochila havia dois pares de óculos de sol, 83 dólares em dinheiro, o passaporte de Lisanne Froon, uma garrafa de água e dois sutiãs.

A mochila e os objetos recuperados.

Mas o objeto mais importante encontrado dentro da mochila era a câmera de Froon e os dois celulares das viajantes. A polícia investigou a câmera e os telefones imediatamente e descobriu algumas evidências perturbadoras. Os celulares continuaram a funcionar por quase dez dias depois que as jovens desapareceram. Em apenas quatro dias, 77 tentativas de chamadas foram feitas para o número da polícia, tanto pelo número 112, o número de emergência na Holanda, quanto pelo número de emergência no Panamá. Usando os registros de chamadas, a polícia conseguiu traçar um esboço do tempo em que as meninas passaram desaparecidas nas florestas.

As duas primeiras chamadas de emergência foram efetuadas apenas algumas horas depois da última vez que as viajantes foram vistas. Devido à selva densa e o péssimo sinal local, nenhuma chamada foi concluída. De fato, de todas as 77 chamadas, apenas uma conseguiu entrar em contato, mas a ligação caiu depois de apenas dois segundos. A polícia também descobriu que em 6 de abril, várias tentativas malsucedidas foram feitas para desbloquear o telefone de Kris Kremers com um número PIN incorreto. Em 11 de abril, os dois telefones acabaram ficando descarregados. Embora o registro de chamadas já fosse algo perturbador, nada se comparava com o conteúdo da câmera de Froon. As primeiras fotos foram tiradas na manhã de 1 de abril, quando as garotas saíram para a caminhada. As fotos mostravam elas em uma trilha, algo totalmente normal.

Foto da trilha escolhida pelas garotas.

No entanto, o segundo conjunto de fotos mostrava coisas preocupantes. Tiradas na madrugada de 8 de abril, as fotos mostravam os pertences das meninas espalhados em pedras, sacos plásticos, embalagens de doces, um espelho e o mais preocupante: a parte de trás da cabeça de Kris Kremers com sangue escorrendo de sua têmpora. Por razões obvias, essa foto não foi oficialmente divulgada pela polícia.

Estranha foto recuperada da câmera de Froon.

Depois de investigar a área onde a mochila havia sido encontrada, a polícia localizou as roupas de Kremer, dobradas ao longo da beira do rio. Dois meses depois, na mesma área, um osso pélvico e um pé ainda dentro de um tênis foram encontrados. Logo depois disso, os ossos de ambas as garotas foram descobertos. Os ossos de Lisanne Froon pareciam ter se decomposto naturalmente, já que ainda havia pedaços de carne presos a eles. No entanto, os ossos de Kris Kremers estavam totalmente brancos.

Tênis de Froon e uma parte de seu osso pélvico, encontrados posteriormente pela polícia.

A polícia questionou os moradores locais, os guias turísticos e outros excursionistas que estavam na área na época, mas nada além das fotos e registros de chamadas forneceu qualquer evidência sobre o que havia realmente acontecido. No final das contas, não haviam provas suficientes para determinar a causa da morte e até hoje e o caso envolvendo os assassinatos de Kris Kremers e Lisanne Froon continuam sendo um mistério.

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