Um novo museu que tem a estranha proposta de atacar os sentidos olfativos dos visitantes e embrulhar os seus estômagos foi aberto recentemente em Malmo, a terceira maior cidade da Suécia. Por lá, você pode encontrar em exposição vários pratos culinários bizarros que algumas culturas supostamente comem, o que inclui carne de tubarão fermentada, pênis de boi, peixe fermentado, queijos com larvas e frutas de aroma extremamente forte. Para se ter uma ideia, os alimentos encontrados no museu são tão repulsivos que a própria direção do local fornece aos visitantes alguns sacos de vômito antes da visitação.
“Quero que as pessoas questionem o que elas acham repugnante e percebam que o desgosto sempre está nos olhos de quem vê”, disse Samuel West, o fundador do Disgusting Food Museum ou Museu de Comida Nojenta em português. “Geralmente consideramos coisas que não estamos acostumados como repugnantes e as coisas com as quais crescemos e com as quais estamos familiarizados nunca são nojentas, independentemente do que seja.”
Muitos alimentos são considerados universalmente atraentes, mas podem ter um gosto que certamente não tem a capacidade de agradar a todos os paladares. A maior parte das iguarias encontradas no museu é proveniente da Ásia e da Europa. A China lidera o número de pratos esquisitos, até aí tudo normal, só que logo atrás vem os Estados Unidos, surpreendendo muitas pessoas.
Segundo os visitantes, existem alguns pratos de aparência interessante, mas a preparação deles é feita através do sofrimento extremo aos animais que são comidos. É o caso do foie gras francês, uma refeição gourmet feita com fígado de um pato gordo que é forçado a comer grandes quantidades de comida através de um tubo de alimentação para ficar com o peso ideal. O museu também exibe através de modelos de plástico uma refeição chinesa que é feita a partir do cérebro de macaco, que é muitas vezes comido enquanto os animais ainda estão vivos. A crueldade continua com um “vinho de rato” chinês, que é fabricado ao afogar filhotes de ratos criados em cativeiro no vinho.
Um prato francês chamado “sombria” (ou ortolan), é outro bom exemplo de comida horripilante. Sombria é um pequeno pássaro que é geralmente capturado no outono durante o seu voo migratório para a África. As aves são mantidas em gaiolas escuras, o que faz com que se encham de grãos até dobrarem seu peso. O pássaro é então jogado vivo em um recipiente de conhaque, que afoga e cozinha os pássaros. Tradicionalmente, o pássaro é comido com um grande guardanapo no rosto, o que alguns dizem que seria uma forma de “esconder a vergonha de Deus”. Mas na verdade ele é usado para evitar que o aroma escape da boca enquanto o pássaro é consumido.
A maioria das comidas expostas no museu são reais e frescas, exceto aquelas que são extremamente difíceis de obter, ou que resultam da crueldade contra os animais, como as listadas anteriormente. Estas são representados com modelos de plástico ou fotografias. Vale destacar que cerca de metade dos pratos devem ser substituídos pelo menos a cada dois dias, tornando o museu um empreendimento muito caro de ser mantido.
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