Estudo sugere que as lhamas poderão ajudar a prevenir a gripe no futuro

Todos os anos, milhões de pessoas ao redor do mundo recebem vacinas contra a gripe, o que de certa forma busca amenizar os efeitos causados por uma legião de vírus. Esse tipo de vacina é atualmente constituído por pedaços de vírus da gripe neutralizados que têm a função de acionar o sistema imunológico para criar um grande número de anticorpos que destruirão os vírus ativos quando estes ousarem entrar no seu corpo. No entanto, como os vírus passam por contantes mutações, a cada ano os cientistas precisam reformular essa vacina. Mas isso pode mudar no futuro graças a uns animais bem simpáticos: as lhamas.

Pesquisadores de várias partes do mundo esperam conseguir desenvolver nos próximos anos algum medicamento eficiente contra vários tipos de gripe que não precise ser modificado a cada ano. Nesse caso, as lhamas poderiam desempenhar um papel significativo nesse desenvolvimento por causa dos seus anticorpos. Com essa ideia em mente, cientistas americanos resolveram criar um spray nasal derivado de vários anticorpos das lhamas que atacam um número considerável de vírus da gripe ao mesmo tempo.

Através de estudos, eles descobriram que esses anticorpos foram capazes de proteger um grupo de camundongos contra a doença e esperam fazer testes em humanos nos anos seguintes. É importante destacar que os anticorpos provenientes das lhamas também podem sobreviver sem refrigeração por longos períodos de tempo, o que eventualmente poderia tornar o tratamento contra a gripe bem mais barato que os métodos atuais.

Obviamente, serão necessários vários outros tipos de testes antes que esse spray possa se transformar em um medicamento totalmente seguro, eficaz e acessível para os seres humanos. Mas os pesquisadores do projeto, que já tiveram várias decepções ao tentar criar uma vacina universal, disseram em uma entrevista à revista Science que essa nova descoberta pode realmente funcionar. Isso pode ser particularmente benéfico para os idosos, que são os mais atingidos pela gripe e os que mais necessitam das vacinas anuais. Além disso, como o medicamento obtido dos anticorpos das lhamas não precisariam serem reformulados a cada ano, eles poderiam contar com um tipo específico de armazenamento em caso de uma pandemia de gripe.

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