Curiosidades

Você sabia que existem restos mortais em viagem pelo universo?

A morte é um problema pelo qual todos nós um dia iremos passar. Os familiares sofrem com a perda e todos temos medo do que poderá nos esperar “do outro lado”, além de ficarmos perdidos em relação a forma como iremos terminar nossas vidas: seria após uma doença, por assassinato, por um acidente? Durante toda a vida, nós tentamos ignorar isso para podermos viver sem medos e sem nenhum tipo de preocupação com o que faremos ou não. O raciocínio sobre a morte tem muitas explicações, só não tem mesmo uma forma de burlar o nosso destino sacramentado.

O enterro é o método mais tradicional de “descarte” do corpo humano. Mas existem outras formas, com a cremação, por exemplo. Esse é o caso do homem que tem os seus restos mortais viajando pelo espaço. O nome dele é Clyde Tombaugh, o homem responsável pela descoberta de Plutão, em 1930. Nascido em Illinois no ano de 1906, Tombaugh era de uma família e fazendeiros. Ele demonstrou grande interesse pela astronomia e começou a fazer ele mesmo seu material de pesquisa espacial. Na época, o jovem Tombaugh conseguiu construir seu próprio telescópio somente com peças de um separador de nata e de um carro velho.

Ele começou a trabalhar num observatório do Arizona, iniciou seus estudos sobre o espaço e foi por lá onde descobriu um planeta até então não percebido pelos cientistas: Plutão. Ele tinha 24 anos quando fez a descoberta e ganhou uma bolsa de estudos na Universidade do Kansas. Ele faleceu em 1997 aos 90 anos de idade e teve seu corpo cremado. Mesmo após sua morte, Tombaugh continuou suas aventuras no espaço. Após cerca de 20 anos de sua morte, o astrônomo teve seus restos mortais colocados na sona espacial New Horizons, na NASA, lançada em 2006.

Com a missão de viajar até Plutão, a nave conseguiu ultrapassar 7,5 bilhões de quilômetros em 9 anos, chegando até o planeta-anão e transportando um pouco de Tombaugh. Hoje, ela se encontra no Cinturão de Kuiper e deverá sobrevoar um objeto chamado 2014 MU69 em janeiro do ano que vem, levando os restos mortais do cientista a distâncias que nenhum humano jamais conseguiu chegar.

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