Bem no meio de um trecho da rodovia East County Road 400 South, nos arredores da cidade de Amity, no estado americano de Indiana, existe um pequeno monte de terra que divide a estrada totalmente asfaltada ao longo de sua extensão. Como se um monte desse tamanho no meio da estrada já não fosse estranho o suficiente, ele ainda abriga o túmulo de uma mulher chamada Nancy Kerlin Barnett (1793-1831). Mas afinal, por que ela foi enterrada bem no meio de uma estrada relativamente movimentada como essa?
Nancy Kerlin era uma mulher que tinha apenas quatorze anos quando se casou com William Barnett em 1808. Depois que se casaram, os dois passaram a morar na região circunvizinha, onde posteriormente surgiria a cidade de Amity. Quando ela morreu no ano de 1831, aos 39 anos, ela foi enterrada no topo de uma pequena colina que tinha uma vista privilegiada para o para Sugar Creek, um lago que era um dos lugares favoritos de Nancy. Nos anos seguintes, vários outros corpos também foram enterrados na região, o que de certa forma acabou dando início a um pequeno cemitério.
Em meados da virada do século, os governantes do Condado de Johnson decidiram construir uma estrada que tinha o objetivo de promover um melhor fluxo no trânsito da região. O problema é que a rodovia deveria passar diretamente pelo cemitério, o que significava que as sepulturas precisariam ser realocadas, mas um dos filhos de Nancy logo se opôs à ideia de remover seu túmulo. Como o filho de Nancy tinha sido o único a se queixar da decisão, os desenvolvedores da pista não se importaram em deixar apenas essa tumba intacta e a estrada foi posteriormente construída em torno dela.
No entanto, outro problema surgiu quando o condado quis ampliar a estrada. Novamente, os responsáveis pela construção disseram que o túmulo teria de ser removido, mas desta vez o neto de Nancy Barnett, Daniel G. Doty, foi o responsável por fazer oposição à ideia. Quando os governantes do condado avançaram com seus planos, Daniel Doty pegou uma espingarda e ficou vigiando ininterruptamente o túmulo de sua avó. O tempo exato que ele permaneceu lá é incerto, mas aparentemente seu ato de resistência foi suficiente para obrigar o condado a dividir as pistas bem no meio e contornar o terreno.
Vale destacar que uma placa foi colocada sobre o túmulo para protegê-lo e em 8 de agosto de 1912, o que de certa forma o tornou um marco histórico, atraindo a atenção de muitos viajantes curiosos que costumam até tirar fotos do local quando trafegam por esse trecho da rodovia.
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