A incrível arte em tampas de bueiros no Japão

Se algum dia você tiver a oportunidade de visitar o Japão, saiba que uma das atrações mais legais do país pode ser encontrada logo debaixo dos seus pés. Em várias partes do território japonês, as tampas de bueiros são feitas com características bem peculiares e pintadas de uma forma bem colorida. Os desenhos representados vão desde imagens relacionadas à cultura, fauna, flora, festivais locais e até mesmo imagens fantasiosas criadas por crianças ainda em idade escolar.

Todo mundo já sabe que o povo japonês sempre foi amante de vários tipos de arte, mas essa tendência teve início apenas nos anos 80, quando o Japão quis padronizar todo seu sistema de esgoto. Até então, os japoneses usavam tampas de bueiros com formas geométricas regulares, assim como ainda são usadas em outros países. Como o projeto foi inicialmente recebido com certa resistência, um burocrata com grande influência no Ministério da Construção Civil surgiu com a ideia de permitir que a população de cada cidade escolhesse as cores e o design de cada bueiro que seria instalado. Atualmente, cerca de 95% dos 1.780 municípios do Japão possuem suas próprias tampas de bueiro especialmente projetadas.

Nos últimos anos, a arte em tampas de bueiros chegou a se tornar uma espécie de obsessão nacional no Japão, de modo que várias prefeituras municipais competem entre si na busca do “design perfeito” de tampas. Os projetos são fabricados por indústrias de fundição, onde são criados a partir das ideias e projetos desenvolvidos por projetistas internos, que muitas vezes levam em conta a opinião pública na hora de desenvolver o esboço.

Vale destacar que as indústrias fabricantes sempre criam um protótipo antes de fazer a versão final. O trabalho se torna um pouco mais trabalhoso porque as tampas de bueiros são feitas apenas de metal, diferente das tampas geralmente usadas na Europa, que são tipicamente construídas de concreto pré-moldado. Segundo as fábricas de tampas japonesas, o metal é um material que promove uma maior durabilidade, o que consequentemente reduz os gastos com manutenção pagos pelas prefeituras.

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