Em muitas situações um sociopata pode ser chamado de psicopata e vice-versa, o que é um tanto compreensível, já que ambos compartilham algumas características estritamente ligadas a algum tipo de transtorno de personalidade. No entanto, existem algumas diferenças entre esses termos que merecem uma maior atenção por parte do público. Vamos descobrir quais são elas?
Um sociopata é, na verdade, uma pessoa que sofre de transtorno de personalidade antissocial, um problema que afeta cerca de 150 mil pessoas por ano só no Brasil. Em uma explicação básica, as pessoas que apresentam esse distúrbio mental costumam apresentar um sentimento de desprezo por outras pessoas. Os sociopatas também podem se envolver em repetidas violações da lei, apresentar um desprezo imprudente pela segurança dos outros, expor uma irresponsabilidade consistente em ambientes sociais e apresentar uma falta de remorso.
Por outro lado um psicopata não tem uma exata consciência do seu estado, que é basicamente aquela “voz” que escutamos no nosso inconsciente que nos permite saber quando estamos fazendo algo errado. Por causa disso, a psicopatia é muitas vezes considerada uma forma mais grave de sociopatia, apresentando sintomas mais profundos. Olhando por essa perspectiva, todos os psicopatas são sociopatas, mas os sociopatas não são necessariamente psicopatas. Um psicopata pode manipular os outros com carisma e intimidação, podendo efetivamente imitar sentimentos para se apresentar como uma pessoa “normal” para a sociedade. Isso acontece porque o psicopata consegue lidar muito bem com o seu comportamento, podendo manter um bom controle físico que exibe pouca ou nenhuma excitação emocional, mesmo em situações onde a maioria das pessoas consideraria ameaçadora.
Embora alguns traços de cada um pareçam semelhantes, acredita-se que o sociopata apresente uma forma menos grave de falta de empatia e ausência de culpa. O sociopata pode ser capaz de formar alguns laços profundos com membros da família ou amigos muito próximos, enquanto um psicopata não pode. De fato, um sociopata pode até sentir culpa e remorso por prejudicar alguém com quem compartilha um vínculo. Enquanto o psicopata parece não ter nenhuma preocupação com as consequências, um sociopata pode aprender a lidar com problemas ao longo do tempo, reduzindo o seu comportamento antissocial com sucesso em alguns casos.
Vale destacar que, quanto às questões criminais, tanto um psicopata quanto um sociopata têm a capacidade de cometer crimes horríveis, mas é menos provável que um sociopata os cometa contra aqueles com quem compartilha um vínculo.
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