Acidentes no trânsito, ataques de animais, incêndios ou até mesmo tentativas de suicídio podem, muitas vezes, causar danos irreparáveis ao rosto de alguém, causando não apenas problemas de auto estima como de autonomia, problemas no sistema respiratório ou até mesmo dificuldades de alimentação. Para situações como esta, apenas um transplante de rosto seria suficiente para trazer a vida normal de alguém de volta. Mas será que o mesmo é possível?
É possível sim, a medicina tem avançado significativamente neste quesito. Em 27 de novembro de 2005 ocorreu o primeiro transplante parcial de rosto onde a francesa Isabelle Dinoire precisou faze-lo em função de um ataque de cão que a fez perder o nariz, os lábios e o queixo. Um ano após a realização da cirurgia, a paciente conseguiu recuperar as funções de mastigação e locução assim como perder significativamente as cicatrizes causadas pela cirurgia.
Já no dia 6 de janeiro de 2018 um jovem chamado Cameron Underwood passou por um procedimento de transplante total de rosto que durou 25 horas, ele foi realizado em Nova York no NYU Langone Health. Ele recebeu pele, tecido, ossos e até mesmo dentes de um doador chamado William Fisher de 23 anos que era doador de órgãos desde a adolescência, a causa de sua morte não foi divulgada.
Após 11 meses da cirurgia, Underwood tem se recuperado muito bem do transplante, apesar de ainda precisar tomar medicações anti-rejeição por toda a sua vida. Em junho de 2016 o jovem sofreu as lesões em seu rosto através de um tiro auto-infligido que causou uma gigante lesão. Apesar de uma série de cirurgias reconstrutivas, o jovem continuou com seu rosto deformado, sem nariz ou mandibula inferior. Para a realização do transplante os médicos Eduardo Rodriguez e Bruce Gelb foram auxiliados por diversas tecnologias tais como um guia tridimensional e guias de cortes que foram impressos em 3D.
Além disso, foram realizados diversos exames de Capacidade Antioxidante Total (CAT) e também foi feito o uso de sistemas de navegação que auxiliaram a alcançar o alinhamento entre o rosto de Underwood e os ossos do doador, assim auxiliando na colocação de placas e parafusos. No total, foram posicionados ossos maxilares superiores e inferiores, 32 dentes, palato, assoalho da boca, pálpebras inferiores, bochechas, nariz e áreas de passagem nasal. A língua de Underwood foi mantida, porém passou por uma reconstrução. Após a cirurgia, ele passou semanas internado em observação até conseguir sair antes do previsto em 16 de fevereiro. Passou então por um mês de reabilitação física, ocupacional e até mesmo de fala para então voltar a viver com sua família em 29 de março. Hoje ele viaja para Nova York todo mês para ser acompanhado pelos médicos.
“Will Fisher e sua família fizeram um incrível sacrifício para me devolver o que eu perdi”, ele disse. “Nunca esquecerei. Também sou eternamente grato ao Dr. Rodriguez e sua equipe de transplante de rosto. Minha família e eu não poderíamos ter feito essa jornada sem eles. Esperamos que minha experiência inspire outras pessoas com ferimentos faciais graves a terem esperança, pois fui inspirado por outras pessoas que vieram antes de mim. A jornada não foi fácil, mas valeu a pena.”
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