À medida que o poder dos computadores modernos cresce ao lado da nossa compreensão do cérebro humano, chegamos cada vez mais perto de tornar realidade algumas coisas que anteriormente só seriam possíveis nos filmes de ficção científica, como controlar máquinas ou computadores com a força da nossa mente. Essa é exatamente a proposta da chamada “Interface Cérebro-Máquina” ou “Interface Cérebro-Computador”, que é uma tecnologia que serve de ponte entre o nosso cérebro e um dispositivo externo.
Uma interface cérebro-máquina tem como base reunir sinais do cérebro, analisá-los e traduzi-los em comandos. Estes comandos são então traduzidos em um sinal enviado para dispositivos periféricos, que por sua vez fornecem a ação desejada. Nos últimos anos, o principal objetivo do desenvolvimento da interface cérebro-máquina tem sido restaurar ou substituir a função motora de pessoas que desenvolveram distúrbios neuromusculares, como esclerose lateral amiotrófica, paralisia cerebral, acidente vascular cerebral ou lesão da medula espinhal. Graças à essa tecnologia, os pacientes que sofrem com essas condições podem realizar ações que antes seriam inimagináveis.
Basicamente, existem dois tipos de Interface Cérebro-Máquina: a Invasiva e a Não-Invasiva. Como o nome sugere, uma Interface Cérebro-Máquina Não-Invasiva é aquela que pode funcionar sem a necessidade de procedimentos intrusivos no cérebro, geralmente usando as bases da eletroencefalografia. A eletroencefalografia é um método usado principalmente na área médica que busca analisar a atividade das ondas cerebrais dos pacientes ao anexar vários eletrodos ao couro cabeludo. As vantagens desse tipo de procedimento é que ele é muito mais barato de se trabalhar e não requer tantos cuidados por parte do usuário.
Por outro lado, a Interface Cérebro-Máquina Invasiva envolve a implantação cirúrgica de um dispositivo no crânio do usuário. Nesse caso, é necessária uma cirurgia para a fixação de uma placa de eletrodos na superfície do cérebro para medir a atividade elétrica do córtex cerebral. Este procedimento geralmente é feito sob anestesia geral ou local, a depender do tipo de paciente.
É importante destacar que a Interface Cérebro-Máquina é uma tecnologia de ponta relativamente nova. Por isso, muitas pesquisas ainda estão sendo feitas por várias universidades e grandes corporações, que buscam levá-la a um novo patamar em futuro próximo.
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