Qualquer pessoa que tem filhos sabe que apenas um dos braços costuma ser o “lado do bebê”. Este braço costuma ser “tonificado”, muitas vezes apresentando uma resistência muscular incrível. Curiosamente, a maior parte das mães de todo o mundo geralmente seguram os seus bebês do lado esquerdo. De fato, pesquisas sugerem que entre 70-85% da população mundial prefere que o bebê seja carregado do lado esquerdo. Mas afinal, será que existe uma razão científica para isso?
Mães e cientistas especulam as razões por trás desse costume há anos. Uma famosa teoria sugere que isso esteja ligado ao fato de que a maioria das pessoas são destras, portanto elas preferem carregar os seus bebês do lado esquerdo para manter a mão “boa” livre para realizar outras tarefas. No entanto, uma pesquisa publicada na revista acadêmica “Nature Ecology and Evolution”, sugere que as mães seguram seus bebês do lado esquerdo porque elas já estão previamente preparadas para isso, independente do fato de elas serem destras ou não.
De acordo com o estudo, “a preferência em acomodar os bebês do lado esquerdo e não do lado direito do corpo, como visto na cultura humana, reflete os processos sócio-emocionais e potencialmente facilita as relações entre mães e bebês”. O estudo vai ainda mais a fundo e sugere que as mães que seguram seus bebês no lado esquerdo podem ser mais capazes de se “conectar” com o que seus bebês estão realmente sentindo, pois nessa posição elas reconhecem rapidamente as necessidades de seus bebês usando o lado emocional “correto” do cérebro.
Em outro estudo, desta vez publicado na revista “Journal of Child Psychology and Psychiatry” no ano de 2007, sugere que as mulheres que carregam seus bebês no lado direita também são mais propensas ao estresse. No entanto, a pesquisadora-chefe do estudo, a Dra. Nadja Reissland, afirma que essa é apenas uma tendência, não sendo necessariamente uma conclusão absoluta.
Por isso, só o fato da mãe carregar o seu bebê no braço direito não significa automaticamente que ela esteja estressada. O estudo sugere que esse estresse poderia ser uma espécie de “correção evolucionária”, mas essa hipótese ainda não está 100% clara, pois ainda precisa de análises mais conclusivas nessa área.
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