Na maioria das vezes, os termos “ética” e “moralidade” são usados com o propósito de transmitir a mesma ideia, embora algumas comunidades acadêmicas, legais ou religiosa façam ocasionalmente algumas certas distinções. De fato, ambas as palavras são geralmente utilizadas para se descrever algo baseado em termos filosóficos, mas existem algumas pequenas diferenças entre elas que vale a pena serem exploradas.
Tanto a moral quanto a ética têm a ver com o fato de distinguir a diferença entre “bom e ruim” ou “certo e errado”. No entanto, a ética é geralmente apontada como algo pessoal e normativo, enquanto a moral é o padrão de “bem e mal” determinado por uma determinada comunidade ou ambiente social. Por exemplo, se a sua comunidade local dissesse que o adultério é imoral, você poderia concordar com isso através do idealização da moralidade, já que esse pensamento foi guiado pela sociedade na qual você está inserido. No entanto, a ética entraria em jogo caso você considerasse o adultério imoral apenas em um nível pessoal, ou seja, mesmo que a sua comunidade local não apontasse argumentos negativos contra o adultério.
Em outras palavras, podemos dizer que a moral é o resultado do padrão cultural vigente de uma sociedade, incorporando as regras supostamente necessárias para o devido convívio dos membros dessa cultura. Por outro lado, a ética se baseia em uma postura mais pessoal, voltada mais ao pensamento da liberdade de escolha que pode ser mediado por princípios individuais.
É importante destacar que os dois termos foram e ainda são usados em diferentes campos. Por exemplo, a moral sempre teve uma conotação mais religiosa, uma vez que a teologia moral é proeminente nos templos e igrejas. Da mesma forma, a ética se torna um termo usado em conjunto no mundo dos negócios, na medicina ou nas próprias leis. Nesses casos, a ética serve como um código pessoal de conduta para pessoas que trabalham nesses campos, de modo que a ética em si é muitas vezes altamente debatida e contenciosa.
No entanto, até mesmo os especialistas em ética costumam usar os termos de forma intercambiável nos dias atuais. Desse modo, caso eles queiram diferenciar ambos os termos, o ônus do eticista provavelmente será declarar as definições de ambos os termos. Em última análise, podemos concluir que a distinção entre os dois termos existe, mas é necessária uma análise profunda da situação ou tema a ser abordado para ser melhor explicada.
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