Alguns termos usados no dia-a-dia são tão parecidos que levam muita gente a acreditar que ambos significam a mesma coisa, o que em certos casos pode ser um grave erro. Um bom exemplo disso, são as palavras “lago” e “lagoa”, geralmente usadas para descrever a acumulação permanente de águas em uma área de grande extensão. Mas afinal, qual é a real diferença entre um lago e uma lagoa?
Um lago é uma depressão natural que adquire uma forma de bacia cheia de água que é cercada por terra. Os lagos variam em formas e tamanhos, mas geralmente são maiores e mais profundos que as lagoas. Na maioria dos casos, os rios e riachos são os responsáveis por alimentar os lagos, mas o constante processo de industrialização observado em todo o mundo promove a existência de alguns lagos criados pelo próprio homem para uso industrial e agrícola. A água de lagos artificiais é usada para irrigação, geração de energia hidrelétrica, uso doméstico e fins recreativos.
Por outro lado, a lagoa geralmente surge das inundações ao longo de um rio ou através da formação de uma depressão mais isolada. A lagoa é geralmente menor e mais rasa em comparação com um lago, sendo que a maioria das lagoas são construídas para propósitos como irrigação e piscicultura.
No entanto, é importante destacar que nem todas as lagoas são necessariamente muito rasas. Um exemplo de uma lagoa grande é a Island Pond, em Derry, no estado americano de New Hampshire, que cobre 500 acres e tem uma profundidade de quase 25 metros abaixo da superfície. Isso faz com que essa lagoa seja muito maior em comparação com o lago Echo Lake, em Conway, que abrange 14 hectares e apresenta uma profundidade de 11 abaixo da superfície. Essa confusão geralmente acontece porque não existem regras precisas ou pré-estabelecidas que possam fornecer uma estimativa da extensão de um lago e uma lagoa. Desse modo, é possível encontrar lagoas que são mais profundas do que certos lagos, quando na teoria deveria ser exatamente o oposto.
Como uma forma de amenizar as contradições que giram em torno desse tópico, os profissionais da limnologia (o campo de estudo dos corpos de água) apontam que as lagoas são depressões de água suficientemente rasas onde as plantas do local podem crescer por toda a sua superfície. Esta área, onde as plantas poderiam crescer, é conhecida como “zona eufótica”, pois recebe luz solar suficiente para que ocorra a fotossíntese. Como os lagos são mais profundos, esse mesmo evento seria teoricamente impossível de acontecer, o que ajuda a nos dar uma melhor compreensão das características diferentes de ambas as formações naturais.
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