Durante várias décadas, os cientistas do ramo da energia sustentável trabalharam arduamente para resolver um enigma desafiador: como transformar a madeira em uma fonte eficiente e sustentável de biocombustível, semelhante ao milho e a soja. Ao que tudo indica, uma equipe de pesquisadores do Reino Unido parece ter finalmente encontrado uma solução para esse quebra-cabeça, ao se afastar das florestas e passar a estudar os crustáceos marinhos.
Uma nova pesquisa publicada esta semana na revista acadêmica “Nature Communications” sugere que a chave para a produção de um biocombustível de madeira totalmente viável pode ser encontrada em minúsculos crustáceos de nome científico Limnoria quadripunctata. Esses crustáceos rastejantes evoluíram para servir a um importante papel ecológico de comer a madeira flutuante nos mares.
Curiosamente, esses pequenos animais também são uma dor de cabeça para os donos de barcos, já que eles gostam de mastigar a madeira das embarcações. Mas apesar de incômoda, toda essa adaptação evolutiva pode nos fornecer uma orientação para a produção de um novo biocombustível. Isso porque o sistema digestivo desses crustáceos é notavelmente eficaz em quebrar a “lignina”, um revestimento bastante resistente que envolve os polímeros de açúcar dentro da madeira. Esses açúcares são, em última análise, o combustível do biocombustível, de modo que se pudermos descobrir uma maneira melhor de extraí-los, a madeira poderá se tornar um biocombustível de energia renovável de alto rendimento, como a soja e o milho.
Para a alegria dos cientistas, a resposta para a extração dos açúcares também parece estar presente no sistema digestivo desses crustáceos. Trata-se da “hemocianina”, um tipo de proteína que quebra a lignina e extrai os polímeros de açúcar. Essa proteína é originalmente responsável pelo transporte de oxigênio em animais invertebrados, mas que também serve para oxidar as ligações de lignina que unem a madeira e prendem as moléculas de açúcar tão desejadas pelos pesquisadores. Dessa forma, basta tratar a madeira com a hemocianina para aumentar radicalmente a quantidade de açúcar que é liberada no processamento do mesmo pedaço de madeira.
A longo prazo, essa descoberta poderá ser útil na redução da quantidade de energia necessária para o pré-tratamento da madeira para convertê-la em biocombustível, economizando capital e até mesmo evitando danos maiores ao meio ambiente.
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