Qual o fóssil mais antigo do mundo?

Há pouco estava pensando em fósseis de animais e uma dúvida cruel surgiu em minha mente… Qual seria o fóssil mais antigo do mundo? Se esta dúvida apareceu na minha cabeça, pode com certeza aparecer na sua mais cedo ou mais tarde e cá estou eu para sanar tanto a sua quanto a minha curiosidade. Vamos lá?

Em setembro de 2018 foi publicado um artigo na renomada revista científica Science que aponta uma figura em formato oval como o mais antigo fóssil animal já descoberto em toda a história. Esta ossada foi encontrada na Rússia e está em excelente estado de preservação, ela continha em seu interior fragmentos de colesterol, o que é sinal de que pertenceu a um dos primeiros animais da Terra. Nas pesquisas primarias, foi apontado que o mesmo seria um Dickinsonia, gênero de fósseis do período Ediacarano de 558 milhões de anos atrás. Segundo esses pesquisadores, o fóssil de um metro pode ser de um fungo ou de uma ameba gigante. Entretanto, a pesquisa publicada na revista Sciense diz que além do colesterol, é possível identificar outros marcadores químicos que tem relação com fungos.

“As moléculas de gordura fóssil provam que estes animais eram grandes e abundantes há milhões de anos antes do que se pensava”, alega o professor da Universidade Nacional da Austrália Jochen Brocks “Os cientistas lutam há mais de 75 anos sobre o que Dickinsonia e outros fósseis bizarros da biota Edicarana eram. Gordura fóssil confirma Dickinsonia como o mais antigo fóssil de animal já conhecido, resolvendo um mistério de décadas que tem sido o Santo Graal da paleontologia.”

Foi Ilya Bobrovskiy, estudante de doutorado de Brocks, quem confirmou a identidade do fóssil que foi escavado em um penhasco próximo ao Mar Branco.

“A maioria das rochas que contêm esses fósseis, como as das colinas da região de Ediacara, na Austrália, sofreram muito calor e pressão, ficando desgastadas”, disse. “Estas são as rochas que os paleontólogos estudaram por muitas décadas, o que explica por que eles estavam presos à questão da verdadeira identidade de Dickinsonia.”

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