Estamos na geração dos cartões de crédito sem anuidade e isso é definitivamente excelente! Sempre achei muito irritante ter que pagar taxas muitas vezes abusivas apenas para possuir um cartão de crédito, taxas de anuidade que iniciam em R$200,00/ano só para que você possa pensar em gastar.
Porém, os bancos perceberam que seria um atrativo e tanto retirar estas taxas, assim atraindo cada vez mais clientes. Ao menos, foi isso que a startup brasileira Nubank fez e logo em seguida a empresa Digio – criada pelo Banco do Brasil em união ao Bradesco – fez também. Porém, é inevitável pensar em como empresas como esta se sustentam sem receber esta taxa de anuidade, não é mesmo? Afinal, não pagamos nada para termos nossos belíssimos cartões… Que bruxaria será que eles fazem?
Na verdade a conta é simples. Existe uma taxa chamada interchange que é paga pelo lojista que chega a média de 5%. Ou seja, toda a vez que você passar seu cartão, o dono da loja onde você está comprando pagará 5% do valor efetuado de taxa onde parte deste dinheiro vai para a empresa que gerencia a máquina do cartão, parte vai para a bandeira do seu cartão de crédito – no caso do Nubank é MasterCard enquanto no Digio é Visa – e uma terceira parte vai para a empresa que emitiu o cartão.
Logo, estas empresas precisam organizar sua estrutura para que possam se sustentar apenas com esta parcela financeira, assim tendo sedes menores, um quadro de funcionários mais enxuto e ir crescendo conforme seu número de usuários. Outra fonte de renda são os próprios juros e multas cobrados quando o usuário atrasa os pagamentos que são variáveis e definidos pela própria empresa, o que acaba ajudando também a fazê-la lucrar.
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