O Equador é um país que carrega consigo uma cultura bastante interessante, além de contar com pontos turísticos capazes de atrair um grande número de visitantes. Mas uma das coisas que mais chama a atenção nesse país é o fato de que a sua moeda oficial é proveniente de uma outra nação. Desde a virada do século XX para o século XXI, o governo equatoriano tem adotado o dólar americano como sua moeda, deixando os seus vizinho sul-americanos com um ponto de interrogação na cabeça. Mas afinal, por que o Equador resolveu adotar o dólar ao invés de usar uma moeda própria?
A dolarização total do Equador teve início em meados do ano 2000, depois que uma grave crise financeira fez com que a antiga moeda do país, o sucre, colapsasse de tal forma que os equatorianos resolveram movimentar a economia através do uso do dólar americano, uma medida que fez com que o país se “dolarizasse” de uma maneira não-oficial. Posteriormente, ao ver que não havia uma saída melhor para a crise, o governo equatoriano simplesmente seguiu em frente e tornou o dólar a moeda oficial do país.
Depois de anos de crise, a adoção do dólar realmente ajudou o Equador a reerguer a sua economia. Para começar, a nova moeda acabou com a instabilidade cambial que estava prejudicando seriamente o investimento estrangeiro, algo crucial para os países sul-americanos. Além disso, o Equador presenciou um certo “boom econômico” logo após a dolarização, mas muitos equatorianos da época apontavam que os benefícios não eram uniformes. Setores como finanças, transporte, comunicação, turismo e exploração petrolífera se beneficiaram bastante através das transações estrangeiras feitas com o dólar, mas setores como a agricultura não prosperaram da mesma forma. No entanto, o setor agropecuário equatoriano conseguiu se restabelecer com o passar dos anos.
Vale destacar que o controle terceirizado de uma moeda de outro país não é algo tão incomum como parece, especialmente em países pequenos. De fato, países como Zimbábue, Micronésia, Ilhas Marshall e Palau atualmente vinculam suas economias (toda ou em parte) ao dólar dos Estados Unidos. Na maioria desses casos, a dolarização serve como uma forma de amenizar os efeitos de uma hiperinflação anterior, já que o dólar é uma moeda usada internacionalmente, o que ajuda nas transações financeiras em épocas de economia instável.
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