Na história da humanidade vários fatos ocorreram, alguns costumam despertar mais curiosidade que outros. Quem nunca ouviu falar das Bruxas de Salém? Elas são inspirações de várias histórias, livros, músicas, filmes e até mesmo séries. O Julgamento dessas bruxas atrai o interesse de várias pessoas que ficam curiosas para saber um pouco mais sobre o ocorrido, outras nem sequer sabiam que de fato esse julgamento chegou a acontecer.
Pois é, quem não sabia, pode acreditar porque o Julgamento das Bruxas de Salém foi real e aconteceu a mais de 320 anos atrás, lá no ano de 1692. A bruxaria começou a ocupar espaço na Europa por volta de 1300 e muitos cristãos associavam os “poderes” dessas bruxas ao diabo, ou seja, eles acreditavam e defendiam que Lúcifer concediam esses poderes para que as bruxas pudessem usar da forma que bem entendessem. Muitas pessoas procuravam elas para que pudessem se vingar de seus inimigos enquanto outro grupo de pessoas temiam, principalmente por não saber o que poderia vir a acontecer se caso alguma das bruxas resolvesse lançar um feitiço.
A perseguição às mulheres acusadas de praticar a bruxaria começou a desaparecer da Europa, mas foi ganhando cada vez mais força em Salém. Tudo começou em 1689 quando a guerra dos nove anos começou a devastar várias regiões e deixando muitas pessoas desabrigadas. Essas pessoas sem ter pra onde ir começaram a se refugiar em vários locais, um deles foi obviamente Salém. A chegada dos refugiados começou a gerar um clima não muito agradável, principalmente porque a economia local começou a cair e a briga entre famílias cresceu bastante. Em janeiro de 1962 a filha do Reverendo Parris, Elizabeth (9 anos) e sua sobrinha Abigail (11 anos) começaram a apresentar alguns comportamentos bastante esquisitos. As meninas se contorciam, gritavam, atiravam objetos e faziam sons esquisitos. Não demorou muito para que várias pessoas associassem o ocorrido com algo sobrenatural.
Três mulheres foram acusadas pelas garotas: Tituba, uma escrava do Reverendo Parris, Sarah Good, uma desabrigada e Sarah Osborne, uma mulher que vivia na pobreza. Após as acusações, as três foram levadas a julgamento perante o Juiz Samuel Sewall, sendo Tituba a única s afirmar ter feito um pacto com o diabo, assinado um livro e ainda declarou que as bruxas estavam espalhadas por Salém, é de se imaginar que essas declarações acabou abalando toda a cidade não é mesmo? As três mulheres acabaram sendo pressas e a cidade mais do que nunca temia o que as bruxas poderiam fazer.
Uma outra mulher foi acusada de bruxaria: Martha Corey, porém ela era cristã e participava ativamente das atividades da Igreja, já foi motivo suficiente para que a desconfiança aumentasse entre o povo daquela região, até porque se uma cristã era bruxa, qualquer um poderia ser. Chegando em abril de 1692 várias outras mulheres foram acusadas e levadas ao tribunal para serem julgadas. Em junho daquele ano, Bridget Bishop foi enforcada acusada por ser bruxa, fofoqueira e promíscua, se tornando a primeira mulher a sofrer a penalidade pelo “crime”. A partir daí começou uma verdadeira caça às bruxas, os olhos da população de Salém estavam sempre bem atentos e prontos para acusar quem realizasse algo suspeito.
Ao todo 19 mulheres foram enforcadas, várias morreram na prisão e um homem morreu sendo apedrejado. Com o passar do tempo as acusações foram diminuindo, principalmente depois que o primeiro ministro da Nova Inglaterra, Cotton Mather, enviou uma carta ao tribunal pedindo que não considerasse sonhos e visões como provas. Increase Mather (filho de Cotton) era presidente de Harvard e fez o mesmo, o tribunal ouviu depois de um tempo resolveu ouvir os dois. O Juiz Samuel Sewall pediu perdão publicamente alegando ter acusado e condenado pessoas inocentes, mas o estrago infelizmente já estava feito. Alguns anos depois, em 1711 as famílias das pessoas que foram mortas receberam 600 libras cada como forma de indenização, mas o estado só se desculpou oficialmente e formalmente 250 anos após o ocorrido.
Atualmente a cidade de Salém possui um museu das bruxas que expõe documentação e objetos da época da caça e enforcamento, além de ser conhecida até os dias atuais como a cidade das bruxas.
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