Quando passamos por uma situação desgastante ou estressante, é comum dizermos que estamos “morrendo de medo” ou coisa parecida. Obviamente, geralmente falamos isso no sentido figurado, apenas para dar uma ênfase no tipo de situação adversa que vivenciamos. No entanto, será que é realmente possível uma pessoa “morrer de medo”?
Por mais incrível que pareça, é realmente possível uma pessoa vir a morrer de medo, apesar de uma situação desse tipo ser extremamente rara. Segundo o neurologista Martin A. Samuels, quando uma pessoa fica assustada com alguma coisa, uma reação em cadeia no seu corpo logo entra em ação. A adrenalina é liberada, fazendo com que o coração bata mais rápido e envie mais sangue para os músculos, o que consequente faz com que a pessoa se torne temporariamente uma” versão mais forte e mais rápida de si mesma”. Esse processo certamente seria de grande ajuda para os seres humanos primitivos, mas no mundo moderno existe uma grande desvantagem em acelerar o sistema nervoso dessa forma.
Em grandes doses, a adrenalina não é nada boa para o nosso corpo. Na verdade ela é um tanto “tóxica”. Segundo Samuels, a adrenalina atinge os receptores nas células do músculo cardíaco, o que faz com que o sistema que regula o ritmo do coração fique sobrecarregado. Consequentemente, o coração não consegue bombear sangue de forma adequada, causando uma parada cardíaca.
No entanto, é importante deixar claro que o medo não é a única coisa que pode desencadear tais reações. Até mesmo as emoções de momentos felizes são capazes de causar efeitos semelhantes. Mas vale destacar que as pessoas correm um risco maior de morrer de medo (ou de felicidade) se já existirem certos nos seus sistemas cardiovasculares. Uma pessoa que vive com um estreitamento de 50% das artérias pode nunca sentir quaisquer sintomas, mas uma rápida desestabilização dos níveis de adrenalina no corpo já é capaz de causar a formação de um coágulo sanguíneo e consequentemente causar o bloqueio total das artérias.
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