Se você vive antenado no mundo da aviação, certamente já deve ter ouvido falar na Airbus. Sempre rivalizando com a Boeing na produção de grandes aviões comerciais, essa fabricante de aeronaves nasceu através de uma aliança entre países europeus que tinha como objetivo promover o desenvolvimento do setor aéreo da Europa, tanto do lado comercial como em questões de defesa. Que tal conhecer um pouco da história dessa gigante?
O projeto de formação da Airbus começou em 1965, quando os governos da França, Grã-Bretanha e da Alemanha iniciaram várias conversas sobre a criação de um consórcio para a construção de uma aeronave europeia de alta capacidade que pudesse competir no mercado da aviação. No ano seguinte, autoridades francesas, alemãs e britânicas anunciaram que a Aérospatiale (França), a Deutsche Airbus (Alemanha) e a Hawker-Siddeley Aviation (Grã-Bretanha) estudariam o desenvolvimento de um avião com capacidade para 300 passageiros. Como os motores que atendiam aos requisitos da Airbus não se concretizaram, o avião inicial da companhia, designado A300, foi dimensionado para uma versão menor de 250 lugares.
Em 1969, o governo britânico desistiu do programa (retornando anos mais tarde através da iniciativa privada), mas a França e a Alemanha assinaram os documentos formais para avançar para a fase de construção da aeronave. A companhia foi fundada oficialmente em 18 de dezembro de 1970, sob o nome Airbus Industries e sediada em Paris. O A300 foi desenvolvido para preencher um espaço no mercado que exigia uma aeronave de alta capacidade de curto a médio alcance. De fato, o A300 foi o primeiro avião do tipo a ser equipado com apenas dois motores para promover uma melhor economia operacional. O protótipo A300 fez seu primeiro voo em 1972 e a aeronave entrou em serviço comercial com a Air France em 1974.
Apesar do seu excelente desempenho, o A300 vendeu inicialmente mal por causa das preocupações das companhias aéreas em confiar numa fabricante recém-criada, que concorria diretamente com a já estabelecida Boeing, dos Estados Unidos. Uma melhora nos números da Airbus veio em 1977, quando a norte-americana Eastern Air Lines entrou em um acordo de leasing para a obtenção de aeronaves da empresa.
Um segundo impulso para a Airbus veio em 1978, quando a empresa lançou um programa para desenvolver um avião de menor capacidade e alcance médio. Essa aeronave, o A310, voou pela primeira vez em 1982 e entrou em serviço três anos depois. Com o acréscimo do A310 à sua linha de produtos, a Airbus pôde oferecer aos clientes as vantagens e economias de uma família de aeronaves otimizada para as rotas mais adequadas. O Airbus A320, cujo programa foi lançado em 1984, foi projetado como uma aeronave de alcance médio que incorporava muitas inovações técnicas de última geração, obtendo um grande sucesso.
Anos mais tarde, mais precisamente em 2007, a Airbus abordou outro nicho no mercado de longa distância com o A380, o maior avião de passageiros do mundo. A aeronave foi projetada para ter uma capacidade máxima de 853 passageiros em uma configuração de classe econômica. No entanto, por falta de pedidos e muitos cancelamentos, a empresa anunciou em 2019 o fim da produção do avião, entregando as últimas unidades até 2021. Tal decisão fez a empresa voltar as atenções aos projetos mais viáveis economicamente, como o A350, uma aeronave destinada a voar em rotas de longa distância com uma grande economia de combustível e danos mínimos ao meio ambiente.
Os anos mais recentes da Airbus se caracterizam pela grande rivalidade no mercado de aviões comerciais com a Boeing, uma disputa que vem desde a época da sua criação e que se acirrou no fim dos anos 80.
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