O Mundo realmente é muito diverso e o que nos faz únicos são as diferenças. Entretanto, as diferenças de Charles Domery despertaram a curiosidade de muitos já que eram… muito diferentes. Hehe. Vamos conhecer sua história?
Charles Domery foi um soldado da Polônia do século XVIII que tinha um apetite um tanto quanto anormal e que assustou todos ao seu redor. Durante a Guerra da Primeira Coligação enquanto integrava o exército prussiano contra a França, ele percebeu que as rações de seu exército eram insuficientes para seu apetite voraz, logo desertou para o Exército Revolucionário Francês em troca de alimento.
Médicos alegavam que ele era um homem saudável, porém seu apetite era extremamente grande e até assustador. Durante a guerra, ele comia qualquer coisa que encontrasse pela frente, em apenas um ano foi registrado que ele devorou 174 gatos, de 2 a 2,5 kg de grama por dia e quando trabalhou na fragada francesa Hoche, ele tentou comer a perna decepada de um homem que levou um tiro de canhão, porém outros membros da tripulação o impediram.
Em fevereiro de 1799 o Hoche foi capturado pelas forças britânicas e todos os soldados sobreviventes foram levados para um campo de prisioneiros em Liverpool, lá o polonês de hábitos curiosos chamou a atenção por seu apetite sinistro, isto porque lá ele comia velas, gatos e ratos, tudo o que passava pela sua sala era considerado comestível por ele. Sua polifagia extrema chamou a atenção do The Commissioners for taking Care of Sick and Wounded Seamen and for the Care and Treatment of Prisoners of War, uma instituição que cuidava da saúde da Marinha Real Britânica em XVIII. Lá eles disseram experimentos diversos no soldado para testarem seus limites.
Na época lhe deram quilos de carne crua de vaca, velas feitas de sebo e quatro garrafas de porter – um tipo de cerveja. Depois de comer tudo, Domery não precisou defecar, urinar ou vomitar, sua temperatura continuou igual e não houve alteração na pulsação. Veja o que consta no relatório sobre o experimento:
A avidez com que devora a carne, quando seu estômago não está empanturrado, se assemelha à voracidade de um lobo faminto arrancando e engolindo sua iguaria. Quando sua garganta está seca pelo exercício contínuo, ele arranca a gordura da vela entre seus dentes, o que faz em três dentadas, e envolvendo o pavio como uma bola, com corda e tudo, engolindo de uma vez. Se não há outra opção, é capaz de comer grandes quantidades de batatas ou nabos crus. Porém, por sua escolha, nunca provaria pães ou vegetais.
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