Nós geralmente não prestamos muita atenção no número zero, até nos depararmos com algum tipo de situação onde ele representa a ausência de alguma coisa. Mas o que chama bastante atenção é que, ao contrário da maioria dos outros números, o zero só passou a ser usado muitos anos depois dos primeiros conceitos de contagem. Que tal descobrir como ele surgiu?
Primeiramente, é importante destacar que os primeiros povos pré-históricos que habitavam a Terra provavelmente usavam os próprios dedos para contar objetos básicos até 10. Posteriormente, acredita-se que o uso de pequenas varetas, pedras e até mesmo riscos nas paredes de cavernas passaram a auxiliá-los na contagem de pequenas quantias. Desse modo, embora o zero faça todo o sentido para a nossa sociedade atual, os primeiros seres humanos provavelmente nem sequer compreendiam totalmente o conceito representado pelo número zero. Por exemplo, se em determinada situação não existisse objetos para contar, como eles poderiam representar o que “não estava lá”?
Tudo mudou há cerca de 4.000 anos atrás, quando o conceito do zero finalmente se desenvolveu. À medida que contagem maiores começaram a ser usadas, as pessoas passaram a precisar encontrar uma maneira de representar a diferença entre 2 e 20, por exemplo. No início, porém, o zero não era representado por símbolos. Em vez disso, eles simplesmente deixavam espaços para representar a ausência de um número. O primeiro uso de um um símbolo semelhante ao zero só viria a surgir por volta do século III a.C. na antiga Babilônia. Os babilônios usavam um sistema numérico sexagesimal, o que significa que era baseado no número 60. O símbolo usado para diferenciar as magnitudes consistia em duas cunhas alinhadas ao algorítimo em questão.
Foi só no século VII dC, na Índia, que o matemático Brahmagupta expandiu o conceito do zero para incluir a sua visualização como um número real e com valor nulo. Vale destacar que Brahmagupta também é considerado o primeiro a demonstrar que subtrair um número de si mesmo é igual a zero, um conceito que consideramos extremamente simples hoje em dia, mas que exigiu explicações bem complexas no passado.
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