Basicamente, todos nós precisamos de comida, abrigo e temperaturas adequadas para sobreviver. Para a nossa sorte, os recursos ecológicos do nosso planeta ajudam a atender todas essas necessidades. Mas será que a quantidade de recursos disponível no nosso planeta é realmente suficiente para a nossa sobrevivência a médio e longo prazo? Pois bem, essa é uma pergunta um tanto complexa, mas que pode ser respondida através do uso da chamada “pegada ecológica”.
A pegada ecológica pode ser descrita como uma forma de medição do impacto humano no ecossistema da Terra ao levar em consideração a área selvagem disponível com a quantidade de recursos consumida a cada ano. Assim como um extrato bancário rastreia a receita em relação aos gastos, a contabilização da pegada ecológica mede a demanda de uma população e o suprimento disponível de recursos e serviços dos ecossistemas. Do lado da demanda, a pegada ecológica mede a busca de um indivíduo ou de uma população por vegetação, gado, peixes, produtos florestais e espaço para infraestrutura urbana e reflorestamento para absorver as emissões de dióxido de carbono proveniente dos combustíveis fósseis.
As pegadas ecológicas são geralmente medidas em hectares globais, podendo ser calculadas através do fator de rendimento de um determinado pedaço de terra em um determinado local e a produtividade relativa desse mesmo local. Posteriormente, calcula-se a biocapacidade dessa terra e depois multiplica a área em (hectares) pelo fator de rendimento e pelo fator equivalente, que por sua vez representa a produtividade relativa de um tipo particular de terra para a produtividade média mundial.
Apesar de parecer algo muito complicado à primeira vista, o que merece mais destaque nesse assunto é o fato de que muitos países estão “no vermelho”, o que significa que eles usam mais recursos naturais (pegada ecológica) do que seus ecossistemas podem regenerar (biocapacidade), o que por sua vez provoca um “déficit ecológico”. No entanto, vale destacar que essas nações (assim como também as suas cidades e estados) podem reverter déficits ecológicos ao controlar seus próprios recursos, como a pesca excessiva e a emissão de uma quantidade de dióxido de carbono na atmosfera maior do que seus próprios ecossistemas podem absorver. Dessa forma, a pega ecológica pode ser muito útil para indicar onde os esforços ambientais precisam ser concentrados.
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