No Whitby Museum, em North Yorkshire, Inglaterra, existe um artefato pra lá de estranho: uma mão desmembrada, seca e murcha. Essa mão uma vez pertenceu a um homem que foi condenado à forca por um crime até hoje desconhecido. A mão foi então cortada de seu pulso quando o corpo sem vida ainda estava pendurado no local da execução, sendo posteriormente seca e decapada em sal. Mas afinal, o que essa mão tem de tão importante para ter sido armazenada?
Tudo começou pelo fato de que muitos europeus no passado acreditavam que as mãos mumificadas, geralmente chamadas de “mãos da glória”, tinham poderes mágicos. Nos dias sombrios da feitiçaria e do ocultismo, feiticeiros e xamãs mantinham objetos bizarros e sobrenaturais para praticar magia negra. No caso das “mãos da glória”, elas sempre promoviam uma certa atração entre os ladrões por conta de seus supostos poderes de adormecer ou deixar suas vítimas imóveis durante uma tentativa de roubo.
As propriedades mágicas da “mão da glória” variaram de história para história, mas sempre giravam em torno de algum benefício que supostamente permitia que um ladrão roubasse uma casa facilmente. Para “preparar” uma mão desse tipo, primeiro era necessário cortar a mão enquanto o corpo do falecido criminoso ainda estivesse pendurado no local de execução. A mão cortada era geralmente aquela com a qual o crime em questão foi cometido. A mão era então embalada com sal para extrair a umidade e, em seguida, secada ao sol ou em fogo até que ficasse completamente dessecada.
Curiosamente, uma vela também poderia ser preparada usando a gordura da pessoa morta. Às vezes, a vela era acesa e colocada na “mão da glória”, que servia como um castiçal para ajudar os ladrões durante os roubos às residências. Em algumas ocasiões, até os dedos da mão poderiam ser iluminados. Nesse caso, cada dedo iluminado representava uma pessoa dormindo dentro da casa. Se um dedo se recusasse a acender, era um sinal de que alguém estava acordado e poderia desconfiar da ação dos criminosos. Em muitas histórias envolvendo a “mão da glória”, os ladrões geralmente eram capturados porque julgavam mal o número de pessoas que estavam dormindo na casa.
A “mão da glória” no Museu Whitby é a única mão do tipo existente até hoje. Ela foi descoberta escondida na parede de uma casa de palha em Castleton por um pedreiro e historiador local chamado Joseph Ford, que resolveu doá-la ao museu em 1935.
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