Você certamente já deve ter observado vários estrelas no céu noturno, mas você já ouviu falar nas chamadas “estrelas binárias”? O termo “estrela binária”, exatamente como o nome sugere, é um sistema estelar que basicamente consiste de duas estrelas emparelhadas. Esses pares podem ter uma variedade de configurações diferentes que até ajudam os cientistas a classificar a estudar o potencial da vida em galáxias próximas.
Em termos mais específicos, um sistema estelar desse tipo é composto de duas estrelas que compartilham um centro de massa comum. A estrela mais brilhante das duas é classificada como a “estrela primária”, enquanto a outra recebe o nome de “estrela secundária”. Se ambas as estrelas são igualmente brilhantes, a designação dada pelo descobridor é tomada como padrão. Curiosamente, as estrelas primárias de alguns sistemas binários podem acabar consumindo material da sua estrela companheira, às vezes até exercendo uma força gravitacional tão forte que puxa a estrela secundária para dentro de si mesma!
A primeira descoberta de uma estrela binária ocorreu em 1617. Na época, a pedido de um colega cientista, Galileu Galilei teve a oportunidade de observá-las. Com a ajuda de seu telescópio, ele dirigiu sua atenção para a segunda estrela da constelação Ursa Maior. A princípio, ele pensou ter encontrado uma aberração óptica, mas depois ficou surpreso com o que viu. Enquanto observava a segunda estrela da Ursa Maior, que parecia ser uma única estrela, descobriu que na verdade haviam duas delas. Mais tarde, foi confirmado que o sistema estelar era na verdade uma combinação de seis estrelas diferentes! Em 1802, Sir William Herschel, que catalogou cerca de 700 pares de estrelas durante a sua vida, foi o primeiro a usar o termo “estrela binária” para esses conjuntos de estrelas.
Vale destacar que, quando se trata da evolução das estrelas binárias, geralmente não existe apenas uma maneira pela qual elas podem ser formadas. A maneira mais comum pela qual uma estrela binária é formada é quando uma camada de gás se forma, o que por sua vez pode colapsar dentro de si e causar uma divisão. No entanto, embora duas estrelas em um sistema binário evoluam juntas, elas não precisam necessariamente se desenvolver na mesma velocidade.
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