Todos nós já vimos em algum noticiário que, quando um avião desaparece misteriosamente ou cai em algum lugar no oceano, existe uma enorme preocupação entre oficiais de segurança e equipes de resgate para encontrar rapidamente um sistema presente nas aeronaves chamado “caixa-preta”. Embora esse instrumento esteja sempre associado à tragédias, a verdade é que a caixa-preta é um dispositivo realmente fascinante, cuja invenção permitiu um grande avanço na prevenção de acidentes aéreos à medida que as viagens aéreas continuam a crescer a cada ano. As pessoas geralmente mencionam as caixas-pretas como se elas tivessem todos os segredos de um avião (o que de certa forma é verdade), mas que funções elas realmente desempenham? A aviação realmente precisa delas? E afinal, como elas funcionam? São esses pontos que vamos abordar ao longo desse post para decifrar um dos objetos de segurança aérea que mais despertam a curiosidade do público.
Antes de nos aprofundarmos nas questões envolvendo o funcionamento desse aparelho, devemos primeiramente saber que muitas das aeronaves, tanto comerciais quanto executivas, não possuem apenas uma caixa-preta, mas duas! Isso porque existem dois componentes separados que desempenham funções distintas: um gravador de dados de voo e um gravador de voz do cockpit. Com o uso das caixas-pretas, se um avião sofrer um acidente por qualquer motivo, uma explicação obtida através desses aparelhos pode ser essencial, tanto para saber o que aconteceu de verdade com a aeronave quanto para evitar que catástrofes semelhantes aconteçam no futuro. Por exemplo, se um voo perdesse sua capacidade de comunicação e não fosse capaz de transmitir um sinal de Mayday ou qualquer outra sinalização que indicasse que ele estivesse em perigo, a razão por trás disso permaneceria um mistério em caso de um acidente. Felizmente, as caixas-pretas das aeronaves são muito duráveis e atuam como bancos de memória de todos os voos, garantindo que, quando recuperadas, possam revelar os segredos do funcionamento da aeronave e das ações tomadas pelos pilotos.
Como mencionado acima, cada caixa-preta consiste em basicamente duas coisas: um gravador de dados de voo (FDR) e um gravador de voz de cabine (CVR). No entanto, existe um outro dispositivo de extrema importância que não pode ser ignorado: a unidade de aquisição de dados de voo (FDAU), que é normalmente encontrada abaixo ou dentro do cockpit. Esta unidade é a entrada para todos os sensores na aeronave. A partir daí, as quantidades massivas de dados de voo são enviadas para o FDR e para o CVR. No caso do FDR, ele registra todas as funções e dados técnicos do avião que ocorrem durante o voo, como altitude, velocidade, direção, e outras informações vitais. Felizmente, como a tecnologia de aviação avançou, o FDR também tem toda uma tecnologia avançada em torno do seu funcionamento, de modo que esses impressionante registrador também documenta experiências de turbulência, movimentação dos flaps das asas e pequenas alterações nos padrões de voo, o que torna possível construir simulações realistas de um acidente. Os gravadores “top de linha”, como os usados pela Boeing e Airbus, podem documentar aproximadamente 150.000 parâmetros diferentes, somando vários terabytes de dados em cada voo. Essa riqueza de informações é de grande valia para os especialistas que investigam acidentes de aviação, pois isso os ajuda a determinar a causa dos acidentes e possíveis falhas de sistema, aconselhando as autoridades relevantes sobre as suas descobertas e ajudando a manter as viagens aéreas cada vez mais seguras.
O segundo componente, o CVR, também desempenha uma função crucial, já que embora muitos aspectos da aviação moderna sejam automaticamente controlados, as ações e a tomada de decisões de um piloto ainda são essenciais para a segurança do voo. Por isso, o CVR entra em cena para registrar toda a comunicação e diálogo entre a tripulação, gerando uma gravação de áudio do cockpit. No entanto, essas gravações podem render muito mais do que simples conversas entre pilotos. Através dessas gravações, os investigadores são capazes de ouvir sons precisos que indicam alarmes na cabine, barulhos incomuns e alterações no ruído ambiente, além das comunicações e interações da equipe entre si e com o controle de solo nos momentos antes de um acidente. A maioria dos registros CVR são captados por 3 ou 4 microfones estrategicamente colocados no cockpit e geralmente só registram os 30 minutos anteriores de informação para economizar espaço e evitar a substituição do armazenamento de memória da caixa-preta após cada voo. Desse modo, ao tralharem em conjunto, o CVR e o FDR fornecem uma ampla variedade de pistas que ajudam a esclarecer que aconteceu nos minutos anteriores a um acidente aéreo
Primeiramente, precisamos levar em conta o fato de que as placas de memória usadas para gravar as informações nesses dispositivos não possuem partes móveis, o que torna muito mais difícil a ocorrência de rupturas no processo de gravação, mesmo durante um grande impacto. De fato, o seu alto preço (geralmente entre US $ 10.000 e US $ 15.000) também já dá uma ideia da sua complexidade e durabilidade. Além disso, as caixas-pretas são construídas a partir de vários revestimentos, incluindo uma camada externa de titânio para resistir à pressão, uma segunda camada de isolamento de calor e uma camada interna feita de uma material resistente ao fogo propriamente dito. As caixas também são testadas sob algumas condições verdadeiramente extremas. Para se ter uma ideia, algumas das melhores caixas-pretas disponíveis no mercado podem suportar um incêndio de 2.000 graus Celsius por mais de uma hora!
Também vale destacar que o objetivo das caixas pretas é “sobreviver” ao acidente e ser recuperada de forma mais intacta possível, o que em tese seria muito difícil de acontecer no fundo do mar, por exemplo. Felizmente, as caixas-pretas são equipadas com um localizador subaquático, que começa a emitir a sua localização quando entra em contato com a água. Além disso, apesar do nome, as caixas-pretas tipicamente apresentam uma cor laranja bem chamativa, tornando-as muito mais fáceis de serem detectadas debaixo d’água. Ou seja, esses impressionantes dispositivos de gravação são construídos para resistir às forças terríveis que podem dilacerar uma fuselagem, tudo com o objetivo de resolver mistérios e melhorar a segurança de voo para as gerações atuais e futuras.
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