Você se considera um fã de ópera? Independente da sua resposta, muito provavelmente você já deve ter visto parte de uma apresentação de ópera, nem que seja pela TV. Por isso, gostaria de te pedir uma coisa: pare para se concentrar por alguns segundos e tente imaginar na sua cabeça a imagem de um cantor ou de uma cantora de ópera. Se você é como a maioria das pessoas, é bem provável que você tenha pensado em algo bem estereotipado, como uma mulher gorda em um vestido extravagante ou um homem vestindo um enorme terno preto cantando como se não houvesse amanhã.
Mas afinal, por que os cantores de ópera são geralmente vistos como pessoas obesas? Ou, para ser mais preciso, por que existe tal estereótipo sobre os cantores de ópera? É realmente necessário ser gordo para cantar ópera? Ao longo desse post, você vai conferir alguns fatores que podem ajudar a explicar como essa ideia acabou se espalhando.
Bem, isso é muito subjetivo. Pode haver inúmeras razões pelas quais muitas pessoas (obviamente nem todas) pareçam acreditar que os cantores de ópera são gordos. No entanto, esse mito sobre cantores de ópera acima do peso até tem um certo fundamento se nos voltarmos para a história. No passado, mais precisamente por volta de 1800, compositores e até mesmo os próprios cantores compartilhavam uma teoria de que quanto maior fosse cantor, maior seria a sua capacidade pulmonar, o que consequentemente garantiria um “desempenho excelente” durante as suas apresentações. Vale destacar que nem sempre os cantores de ópera se apresentavam em lugares ideais para o gênero, além de estarmos falando de uma época muito antes da invenção dos sistemas de som e da acústica sofisticada.
Ou seja, se partimos desse princípio, uma grande capacidade pulmonar realmente poderia fazer a diferença na hora do espetáculo. No entanto, o problema com essa teoria é que nem sempre a capacidade pulmonar está intimamente associada ao tamanho e ao peso da pessoa. Por isso, outra hipótese da época afirmava que a resposta estaria em uma grande quantidade de tecido adiposo ao redor da laringe, que por sua vez aumentaria a capacidade de ressonância para produzir um som agradável. No entanto, é praticamente impossível ter uma grande quantidade de tecido adiposo ao redor da caixa de voz sem transportar uma grande quantidade de tecido adiposo para outras partes do corpo.
Por outro lado, embora não pareça haver qualquer evidência científica para apoiar qualquer uma dessas teorias, um estudo publicado em 2001 na revista acadêmica Journal of Voice sugeriu que os cantores profissionais de ópera tendem a desenvolver grandes caixas torácicas e, portanto, podem parecer maiores do que realmente são. Não é difícil se deparar com alguns cantores que nasceram com costelas “maiores que a média”, o que certamente ajuda a captar mais ar para os pulmões do que uma pessoa normal. Cantores como Luciano Pavarotti, Renée Fleming e Beverly Sills são alguns exemplos clássicos disso. Mas é preciso deixar claro que você não precisa necessariamente ter uma grande caixa torácica para ser um bom cantor, obviamente.
Hábitos alimentares bastante irregulares também podem ajudar a explicar toda essa questão de obesidade entre os cantores de ópera, já que esses artistas podem muito bem ganhar peso como qualquer outra pessoa que desempenha um trabalho pesado e estressante. De fato, muitos desses cantores esperam até que a apresentação da noite acabe antes de se prepararem para o jantar. A razão por trás disso é que a sensação de “barriga cheia” pode afetar a respiração e deixar a pessoa com sono, podendo até mesmo levar ao surgimento de algum quadro de desconforto gástrico. Assim, muitos cantores de ópera simplesmente escolhem adiar o jantar para garantir o mínimo estresse físico com o objetivo de alavancar um bom desempenho da sua voz.
Além disso, celebrações extravagantes repletas de comida difícil de resistir são geralmente servidas após grandes e ilustres apresentações, de modo que qualquer pessoa que consuma uma enorme quantidade de calorias e não consiga queimá-las, provavelmente acabe engordando facilmente. Ou seja, com esse estilo de vida, os cantores de ópera acabam negligenciando a prática de exercícios e a aptidão pessoal.
Outra coisa que contribui para isso é o fato de que os cantores de ópera podem se dar ao luxo de comer em horas erradas e ganhar quilos extras. Por mais absurdo que esse fator possa parecer, ele é bastante lógico se analisarmos mais a fundo. Por exemplo, outros artistas, como atores e dançarinos, precisam ter um físico sempre em condições impecáveis, pois isso afeta diretamente a sua capacidade de executar um ótimo trabalho. Por outro lado, os cantores de ópera não precisam de todo esse controle do peso, já que o seu maior bem é a voz, que não precisa necessariamente de um porte físico invejável.
Antes de finalizar, é importante deixar claro que alguns cantores de ópera até tentam perder peso. Luciano Pavarotti, largamente reconhecido como o tenor que popularizou mundialmente a ópera, chegou a tentar perder peso no auge da sua carreira, mas ele nunca acabou conseguindo realizar esse desejo. Na verdade, sua ex-esposa até costumava brincar que, desde que ela ainda pudesse cozinhar seus deliciosos macarrões, ela não precisava se preocupar com o coração de Pavarotti. No entanto, no final das contas, ele se divorciou de sua esposa e acabou falecendo em setembro de 2007.
Vale destacar que a obesidade tem a capacidade de causar diabetes, doenças cardíacas, derrames e artrites. A medula espinhal e os joelhos também podem se deteriorar devido ao peso corporal extra. Em casos mais graves, a obesidade pode até causar infecções corporais que aceleram as taxas de oxidação. Através deste mecanismo, os riscos de câncer intestinal, câncer de mama, câncer de pâncreas e câncer de próstata também aumentam de forma considerável. Fumar também eleva drasticamente o risco de câncer, especialmente no pulmão e no pâncreas.
No caso de Pavarotti, a causa de sua morte, um câncer pancreático, foi considerada uma consequência direta do seu peso acima do ideal, o que ajuda a mostrar o quão importante é a saúde física, ainda que ela não seja necessariamente um requisito para o desempenho de certas profissões.
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