As pessoas geralmente não pensam em como os seus cabelos são importantes até enfrentarem a perda deles. E para aqueles que têm câncer e estão prestes a se submeterem à quimioterapia, a chance de perder uma grande quantidade de cabelo é muito real. De fato, muitos homens e mulheres relatam a perda de cabelo como um dos efeitos colaterais que mais temem após serem diagnosticados com câncer.
Para muitos, a perda de cabelo se torna um grande problema porque ela acaba sendo percebida por praticamente todas as pessoas ao redor. É exatamente por isso que os pacientes que sofrem com esse problema devem conversar com sua equipe de tratamento do câncer sobre suas preocupações com o objetivo de se preparar para a possibilidade de perda de cabelo, e assim, conseguir lidar com esse efeito colateral difícil do tratamento. Mas afinal, por que os cabelos caem durante a quimioterapia? É possível prevenir a queda de cabelo nesse tipo de situação?
Primeiramente, é preciso levar em conta o fato de que os medicamentos quimioterápicos possuem fórmulas extremamente poderosas que atacam as células cancerígenas de rápido crescimento. Infelizmente, essas drogas também acabam atacando outras células de crescimento rápido no corpo, incluindo aquelas que se encontram nas raízes do cabelo, o que consequentemente causa a queda. Curiosamente, a quimioterapia pode causar perda de cabelo em todo o corpo, não apenas no couro cabeludo. Por causa disso, cílios, sobrancelhas, cabelos nas axilas, pelos pubianos e outros focos capilares do corpo também sofrer com os efeitos do tratamento.
Em termos mais técnicos, é importante citar que a maioria das células do corpo humano se dividem através de um processo chamado “mitose”. Este processo tem 5 fases (prófase, prometáfase, metáfase, anáfase e telófase). Essas fases são precedidas pela “interfase, resultando na divisão celular, chamada citocinese. Quando uma célula atinge o final de sua vida útil, ela é destruída em um processo pré-programado chamado apoptose. E aí que está o problema, já que o crescimento celular desregulado é algo comum em praticamente todos os tipos de câncer. Desse modo, as células se dividem mais rapidamente do que a capacidade da apoptose em regular eficazmente esse processo.
Vale destacar que alguns medicamentos quimioterápicos são mais propensos do que outros a causar a perda de cabelo. Além disso, doses diferentes podem causar efeitos diversos, desde uma simples queda localizada até a completa calvície. Por isso é importante que o paciente converse com seu médico ou enfermeira sobre a medicação que vai tomar, já que eles podem informá-lo sobre os possíveis efeitos colaterais. Felizmente, na maior parte do tempo, a perda de cabelo decorrente da quimioterapia é temporária, de modo que a pessoa pode esperar um renascimento do cabelo de três a seis meses após o término do tratamento, embora o cabelo possa temporariamente apresentar uma tonalidade ou textura diferente.
O cabelo geralmente começa a cair entre duas a quatro semanas após o início do tratamento, sendo que a velocidade de sua queda é algo totalmente variável. Os primeiros sintomas que as pessoas que passam por esse processo costumam notar se resume a alguns acúmulos de cabelos soltos em seus travesseiros, escovas de cabelo, pentes, na pia ou até mesmo no ralo do chuveiro. Além disso, o seu couro cabeludo pode apresentar uma consistência muito mais “macia” do que o comum.
A perda de cabelo tende a continuar durante o tratamento e pode perdurar até algumas semanas depois. Se o cabelo vai simplesmente “afinar” ou se a pessoa vai ficar completamente careca, vai depender do tratamento usado em cada caso. As pessoas que sofrem de câncer, especialmente as mulheres, costumam relatar a perda de cabelo como o efeito colateral mais angustiante do tratamento. Psicólogos acreditam que isso acontece porque, cada vez que a pessoa se vê no espelho, sua aparência alterada servir como um tipo de “lembrete” de sua doença e de tudo que ela já experimentou desde o período do diagnóstico do câncer.
Ainda não existe um tratamento que consiga garantir com 100% de certeza que o cabelo não vai cair durante ou após a quimioterapia. No entanto, vários tratamentos já foram listados como possíveis formas de prevenir a queda de cabelo, embora nenhum deles tenha sido absolutamente eficaz. Um dos tratamentos mais famosos é a chamada “hipotermia do couro cabeludo”. Nesse caso, durante as infusões de quimioterapia, um aparelho com forma de capacete que é resfriado por um líquido refrigerado pode ser colocado na cabeça do paciente para diminuir o fluxo de sangue direcionado ao couro cabeludo. Desta forma, os medicamentos de quimioterapia são menos propensos a promover um efeito devastador no cabelo.
Existe também um outro tratamento que, ao invés do uso de um aparelho, gira em torno do uso do Minoxidil, um medicamento largamente usado para tratar a perda de cabelo. Embora alguns estudos mostrem que o Minoxidil pode não ser tão eficaz em proteger o couro cabeludo antes e durante a quimioterapia, acredita-se que ele tenha a capacidade de acelerar o crescimento do cabelo após o tratamento. No entanto, mais pesquisas são necessárias para concluir se o Minoxidil é realmente efetivo no ressurgimento do cabelo após o tratamento do câncer.
A radioterapia também ataca rapidamente as células em crescimento no corpo, mas ao contrário da quimioterapia, ela costuma afetar apenas a área específica onde o tratamento está concentrado. Por causa disso, a queda de cabelo também pode ocorrer durante esse tipo de tratamento, mas só se o paciente receber as doses de radiação na região da cabeça. Também vale destacar que diferentes tipos de radiação promoverão efeitos diferentes no cabelo. Por exemplo, doses mais altas de radiação podem causar a perda de cabelo a longo prazo, enquanto doses menores podem causar uma calvície menos invasiva e temporária.
Outro ponto que merece destaque é que a radioterapia também pode afetar a pele. Durante esse tipo de tratamento, é muito provável que a área tratada apresente tons de vermelho e possa parecer bronzeada. É por isso que, quando o tratamento de radioterapia é direcionado para a região da cabeça, pode ser uma boa ideia cobrir a região com um chapéu protetor ou lenço, já que a pele ficará mais sensível ao frio e à luz do sol. No entanto, é importante ficar atento ao fato de que perucas e outros apliques podem irritar o couro cabeludo.
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