Na maioria das vezes, não prestamos muita atenção aos padrões de cores de várias coisas que vemos no nosso cotidiano. No entanto, seríamos rápidos em perceber que algo está errado se os encontrássemos em outra cor, como exemplo, um carro de bombeiros azul ou um papel higiênico roxo. Isso porque subconscientemente esperamos que os carros de bombeiros sejam vermelhos e que o papel higiênico seja branco.
Como você pode ver, por mais que ignoremos isso, o fato é que as coisas ao nosso redor geralmente seguem um determinado padrão de cores por diversos motivos. Às vezes, isso pode ser uma questão de praticidade, enquanto que outras vezes, esse padrão é resultante de alguns eventos estranhos que aconteceram na história. Confira a seguir algumas explicações para os padrões de cores de algumas coisas que podemos ver nosso dia a dia.
No final da década de 1940, o governo britânico lançou um experimento nacional para determinar as melhores cores para pintar as faixas de pedestres. Os experimentos se tornaram uma necessidade após uma série de acidentes. Na época, a Grã-Bretanha estava experimentando um aumento no número veículos a motor, o que se transformou em um grande problema, pois os motoristas geralmente atropelavam vários pedestres que não estavam acostumados a dividir as ruas com carros.
O mais interessante é que as faixas de pedestres inicialmente pareciam contribuir muito pouco com a redução de acidentes. Isso ocorria porque as faixas eram produzidas com tachas de metal, que eram quase invisíveis para os motoristas. Por isso, o governo resolveu lançar tal experimento para determinar as melhores cores para pintá-las, de modo que ao final do estudo, as autoridades determinaram que o branco em contraste com a estrada era o padrão mais visível, de modo que os motoristas podiam ver isso a uma distância muito maior que outras cores.
A razão pela qual os carros de bombeiros costumavam ser vermelhos não é muito clara, possuindo algumas possíveis explicações que são até mesmo contraditórias. Algumas fontes dizem que os primeiros caminhões de bombeiros eram vermelhos porque essa era a tinta mais barata disponível no mercado, o que até fazia sentido, já que os bombeiros dessa época eram chefiados por voluntários não remunerados e por causa disso não tinham muito dinheiro para gastar. Então, eles apenas pintavam seus veículos com a tinta mais barata que conseguiam comprar.
Uma segunda teoria, contraditando a primeira, afirma que o primeiro carro de bombeiros vermelho foi o resultado de uma competição entre departamentos de combate a incêndios. Essa tese diz que cada departamento individual de combate a incêndios da época queria se destacar de alguma forma. Então, eles pegavam a tinta mais cara e chamativa, que nesse caso era o vermelho.
Existe ainda uma terceira teoria que alega que os carros de bombeiros passaram a ser pintados de vermelho porque os profissionais de combate a incêndios queriam que seus veículos ficassem mais visíveis para os outros motoristas nas estradas. Assim, os bombeiros optaram pela cor vermelha, que era muito visível e exclusiva em uma época em que a maioria dos veículos era preta.
Os aviões de passageiros são quase exclusivamente brancos e há várias razões para isso. Uma delas é o custo, já que a pintura de aviões costuma ser muito cara. Para se ter uma ideia, um trabalho de pintura regular varia entre US $ 50.000 e US $ 200.000, um montante que pode ser muito caro para uma companhia aérea de baixo custo, especialmente aquelas que compram aviões já usados de uma companhia aérea maior. Além disso, a tinta branca também economiza dinheiro porque não precisa de muita manutenção como no caso das outras cores.
Também vale destacar que o branco é a cor favorita das companhias aéreas porque reflete a luz do sol, evitando um superaquecimento da aeronave. Uma cor mais escura absorveria o calor, tornando o interior do avião mais quente. Ao mesmo tempo, o branco reduz o perigo causado pela radiação e protege partes cruciais do avião, como o cone do nariz, que geralmente contém partes importantes do radar da aeronave. Por último, existe o fato de que as partes brancas do avião são mais fáceis de serem detectadas no solo ou no oceano após um acidente aéreo.
Pouca gente sabe, mas o fato é que o semáforo foi inicialmente inventado para trens. Na época, as luzes dessa invenção eram separadas em apenas duas cores: vermelho, que indicava “pare”, e branco, que significava “siga”. No entanto, a luz branca logo se mostrou bastante problemática, pois os maquinistas dos trens frequentemente confundiam-na com uma estrela distante ou alguma outra fonte de luz. As empresas de trens logo perceberam que isso exigia mudanças e substituíram a luz branca por verde.
Anos mais tarde, no início do século XX, várias cidades pelo mundo resolveram adotar os semáforos com a chegada dos veículos, passando utilizar modelos adaptados dos que eram usados para trens. A única diferença era a inclusão de uma luz amarela para indicar “cautela”. O amarelo foi selecionado porque tem um comprimento de onda menor que o vermelho, mas um comprimento de onda maior que o verde. A diferença nos comprimentos de onda é a razão pela qual o vermelho é o mais visível de longe. Por sua vez, embora o amarelo seja menos visível que vermelho, ele é mais visível que o verde.
Pouca gente sabe, mas a verdade é que o papel higiênico apresentaria uma cor cinza se ele não fosse submetido a um processo de branqueamento nas fábricas. De certo modo, até podemos entender que o papel normal é branco para nos permitir ver claramente o que está escrito nele, mas por que isso também é feito com papel higiênico? Afinal, o branqueamento custa dinheiro e torna o papel higiênico mais caro, não é mesmo?
Bem, isso é feito por dois motivos. Primeiro, os fabricantes de papel higiênicos usam o processo de branqueamento para também remover a lignina, que é o composto químico que torna as árvores rígidas e que consequentemente faz a mesma coisa no papel. Ou seja, ninguém quer usar papel higiênico duro, não é mesmo? A segunda razão é que geralmente associamos qualquer coisa branca a uma sensação de limpeza. É por isso que os fabricantes que fazem o seu papel higiênico a partir de papel reciclado ainda submetem o produto ao processo de branqueamento, mesmo que ele não contenha a tal lignina.
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