Não é preciso ser nenhum gênio da era moderna para saber que saltar de um avião sem paraquedas é uma péssima ideia. Um motivo bastante óbvio para essa constatação está relacionado às consequências mortais de tal façanha. No entanto, é possível rastrear casos documentados de pessoas que sobreviveram à queda mesmo saltando de aviões com paraquedas que não chegaram a abrir. Em outros casos, algumas pessoas chegaram a cair de aviões sem qualquer tipo de paraquedas e ainda assim sobreviveram.
De acordo com o Aircraft Crashes Record Office, com sede em Genebra, entre 1940 e 2008, houve cerca de 157 casos de pessoas que caíram de aviões sem algum tipo paraquedas e que conseguiram viver para contar a história. O caso mais famoso foi o de Vesna Vulović, que sobreviveu a uma queda livre de 10.160 metros (33.330 pés), tornando-se a única sobrevivente do fatídico voo JAT 367.
Mas afinal, como é possível sobreviver a uma queda de avião sem o auxílio de um paraquedas? Existe alguma forma de aumentar as chances de sobrevivência nesse tipo de situação?
Antes de tudo, precisamos calcular qual seria a faixa de altura ideal que pudesse proporcionar tempo suficiente para que você, caso estivesse em queda livre, pudesse colocar em prática algum plano de sobrevivência caso estivesse em uma situação do tipo. Se utilizarmos alguns conceitos da física ao nosso favor, podemos concluir que seria preciso cair de uma altura acima de 1.500 pés e menor que 30.000 pés. Quer saber o por quê? Calma que eu vou explicar!
Para começar, como dito no parágrafo anterior, talvez seja melhor cair de alturas acima de 1.500 pés, já que quanto mais alto, melhor, pelo menos até certo ponto. Isso porque a queda de uma altura inferior a 1.500 pés pés vai lhe dar aproximadamente 10 a 12 segundos antes do momento de impacto com o solo, o que não é muito tempo para fazer qualquer coisa útil.
No outro extremo das coisas, uma queda de 30.000 pés o levaria a ter que aguentar temperaturas extremamente desagradáveis na faixa dos -40 ºC, sendo que todo o ar em volta poderia tornar as coisas ainda mais frias. Além disso, você também poderia perder rapidamente a consciência por falta de oxigênio, mas a “boa notícia” é que, por um lado, se você nunca recuperasse a consciência, pelo menos você seria poupado de uma morte aterrorizante com total consciência.
Para que você tivesse o tempo possível para executar algum tipo de plano que pudesse reduzir a sua velocidade ao máximo, você deveria primeiro se espalhar na clássica “formação de paraquedista”, aquela na qual o corpo forma um “X”. Isso é surpreendentemente eficaz em diminuir sua velocidade, tanto que nos casos de queda livre mais simplificados, é possível diminuir a velocidade de queda pela metade! Vale destacar que existem outras maneira de desacelerar a velocidade de queda, mas elas são bem mais complexas para “leigos no assunto”.
Pois bem, uma vez assumida a posição em X, sua grande prioridade deveria ser procurar por qualquer objeto para se agarrar. De fato, estudos apontam que as pessoas que conseguem se agarrar a um objeto têm cerca de duas vezes mais chances de sobreviver a tal queda contra aqueles que não têm nada a que se segurar.
Na verdade, o motivo pelo qual os “agarradores de objetos” têm uma taxa de sobrevivência significativamente mais alta que os demais ocorre não apenas pelo potencial do objeto de desacelerar um pouco a velocidade terminal em alguns casos, mas também por ter a capacidade de servir como um amortecedor entre a pessoa em queda livre e o solo.
Caso você ainda estivesse vivo depois de tudo isso, seria uma boa ideia procurar um campo agrícola recém-cultivado ou um com vegetação ultra-espessa capazes de fornecer algum tipo de amortecimento. Pode até parecer loucura, mas é realmente possível tentar deslocar o corpo para uma área desse tipo mesmo estando em queda livre.
Por exemplo, em 2015, uma veterana do paraquedismo com mais de 2500 saltos, Victoria Cilliers, conseguiu sobreviver a uma queda de cerca de 4.000 pés ao deslocar seu corpo para um campo recém-arado. Obviamente, Victoria sofreu vários ferimentos, como costelas quebradas, e fraturas no quadril, mas ela realmente sobreviveu ao conseguir deslocar o seu corpo para uma área mais “macia”.
Quanto à vegetação em si, até alguns levemente espinhosos são “melhores do que nada”, embora a chance de realmente conseguir “mirar” o corpo para cair nesses locais seja um tanto remota.
Agora você pode estar se perguntando por que não mencionei a água, talvez achando que ela seria uma boa escolha como um alvo fácil para tentar deslocar o corpo em queda livre. Pois bem, o problema com essa “estratégia” é que, em alta velocidade, a água não é necessariamente um amortecedor tão confiável quanto parece. De fato, se você já caiu de barriga em uma piscina, sabe muito o bem o que estou querendo dizer. Dito isto, como muitos mergulhadores já demonstraram, a água pode ser tão cruel quanto uma calçada de concreto se você não “cair corretamente”.
Outro problema relacionado a isso é que a maioria das pessoas não tem qualquer noção ou prática nesse tipo de mergulho. Além disso, mesmo para os profissionais, a quebra de vários ossos é praticamente certa, entre muitos outros problemas. Para se ter uma ideia, bater na água a essas velocidades pode causar uma hemorragia interna quase que instantaneamente.
Ainda que você conseguisse sobreviver ao cair na água por algum milagre, você provavelmente ficaria inconsciente ou incapaz de nadar corretamente. Então, a menos que o Aquaman estivesse por perto, cair na água não é uma ótima escolha.
Através de estudos feitos pela NASA para analisar os impactos na força g no corpo humano, foi possível concluir que “cair de costas” pode ser a melhor opção em um cenário desse tipo, supondo que você consiga proteger adequadamente sua cabeça com os seus braços.
Há outros possíveis cenários que poderiam ser explorados, como aterrissar em uma camada de neve super profunda em uma posição reclinada com os braços protegendo a cabeça, mas eles ficam apenas no campo das especulações.
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