Há meio século, um dos sonhos mais antigos da humanidade estava sendo finalmente concretizado no espaço. Graças ao poder da inovação tecnológica e do espírito desbravador dos EUA, a tripulação da Apollo 11 finalmente conseguia pisar na Lua e voltar para a Terra, um feito que significava um passo enorme para o desenvolvimento da astronomia.
Obviamente, essa missão não seria possível sem os trabalhos incessantes de uma grande e diversificada equipe de engenheiros, astronautas e matemáticos. No entanto, o que pouca gente sabe é que ela também só obteve tal sucesso graças à ajuda de um menino de 10 anos que estava no lugar certo e na hora exata.
Ao longo desse post, você vai descobrir como o pequeno Greg Force ajudou a tripulação da Apollo 11 a operar um pouso seguro, consequentemente provando que nem todo herói precisa ser necessariamente “gente grande” para realizar grandes feitos.
Por ser um projeto muito ambicioso, a missão Apollo 11 estava sujeita a muitos contratempos. Entre todos esses problemas, existia um em particular que os engenheiros da NASA precisavam resolver para o bom andamento da missão. Esse problema girava em torno das questões envolvendo a comunicação entre a tripulação no espaço e a estação de controle na Terra.
Na prática, a NASA precisava de uma antena bem grande e com um sinal de rádio muito potente para alcançar a Lua. No entanto, existia um grande agravante nesse projeto, pois seriam necessárias várias antenas para a execução de uma boa comunicação, pois além de ser redonda, a Terra gira, o que é muito inconveniente quando se trata da transmissão de sinais de rádio.
Para entender melhor, imagine que, por causa do formato da Terra, cada antena acabariam apontando pro lado oposto em determinado momento. Por causa disso, a NASA preparou toda uma rede de antenas para garantir uma comunicação constante com a tripulação. Uma dessas antenas ficava em Guam, uma ilha de 45Km de comprimento localizada na região oeste do Oceano Pacífico, que em termos práticos, podemos dizer que fica literalmente “no meio do nada”.
Durante boa parte do retorno da Apollo 11 para a Terra, tudo funcionava como esperado, incluindo a estação de rádio de Guam, que estava rastreando a espaçonave da tripulação. No entanto, quando a nave já se aproximava do seu destino, a antena de Guam apresentou problemas que provocaram uma pane geral no sistema de comunicação.
Obviamente, a pane provocou correria para todos os lados na estação de rádio e na própria sede da NASA, pois os engenheiros corriam o risco de ficar sem comunicação com a tripulação, já que Guam era fundamental para essa tarefa. É importante destacar que a cápsula dos astronautas iria pousar no Pacífico, perto do Havaí, mas por causa da sua trajetória, Guam era a estação principal para manter uma comunicação constante.
Os engenheiros não demoraram muito para diagnosticarem o problema: um rolamento da antena que havia quebrado. A má notícia era que provavelmente seriam necessárias várias horas pra desmontar tudo e trocar as peças avariadas e, nesse caso, os profissionais da estação simplesmente não tinham tanto tempo disponível. Quer dizer, eles até tinham, mas a questão aqui era que eles não podiam colocar em risco o andamento previamente programado da missão.
Com o problema já descoberto, os engenheiros chegaram à conclusão de que uma alternativa seria saturar o rolamento de lubrificante. No entanto, essa operação não seria tão fácil quanto parecia, já que o painel de acesso para o rolamento era pequeno demais. Desse modo, eles teriam que desmontar uma quantidade enorme de aparatos, o que acabaria por exigir um tempo que eles não tinham. Além disso, eles não tinham nenhuma ferramenta que fosse capaz de entrar no buraco de acesso de aproximadamente 7cm de diâmetro para aplicar a graxa de lubrificação.
Percebendo a gravidade do problema, o diretor responsável pela instalação, o engenheiro da NASA Charles Force pensou em uma solução bastante inusitada, mas que provaria ser excepcional. Ao telefonar para a sua casa, Charles chamou seu filho de 10 anos, Greg, para ajudá-lo na tarefa. Eram aproximadamente dez da noite, mas Greg, como todo garoto de 10 anos, se empolgou com o objetivo que foi lhe dado e nem precisou ser convencido pelo pai sobre a grande importância da sua missão.
Greg encheu a mão de graxa, esticou o braço pelo buraco, achou o rolamento defeituoso e besuntou a peça exatamente como o trabalho exigia. Após o trabalho de Greg, os engenheiros fizeram os testes necessários e concluíram que a antena havia voltado a emitir e receber sinais perfeitamente. Após o seu trabalho digno de aplausos, Greg provavelmente foi para casa limpando as mãos nas calças, enquanto os trabalhadores da estação continuavam a manter a comunicação com a tripulação da Apollo 11 através da antena recém-recuperada.
Depois do feito pra lá de inusitado, a história foi imediatamente reportada para o Centro Espacial da NASA em Houston, que agradeceu e reconheceu a contribuição de Greg de tal maneira que até se comprometeu a emitir um comunicado oficial. Além disso, tempos depois do pouso perfeito da Apollo 11, Greg recebeu a ilustre visita de Neil Armstrong, o comandante da missão e primeiro homem a pisar na Lua, que foi agradecê-lo pessoalmente pelo seu trabalho minucioso ao consertar a antena.
Curiosamente, Greg também queria ser astronauta, mas como era daltônico, ele acabou não conseguindo entrar na Força Aérea Americana. Atualmente, ele é dono de um ginásio em Greenville, no estado americano da Carolina do Sul, onde costuma relembrar dos seus momentos de fama até hoje.
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